O resultado do laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara revelou que a universitária Mariana Bazza, encontrada morta no último dia 25, após desparecer no dia anterior, foi violentada e morta na chácara que fica do outro lado da rua da academia que ela frequentava, na cidade de Bariri, no interior de São Paulo. Câmeras de segurança registraram ela entrando com seu carro no local logo atrás do suspeito.

O suspeito de ter cometido o crime é Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos. Ele foi preso no mesmo dia em que a jovem desapareceu e aos policiais que matou Mariana indicou onde teria abandonado o corpo.

Ele foi denunciado à Justiça por abuso, latrocínio e ocultação de cadáver.

Jovem foi morta dentro da chácara

De acordo com o laudo, que faz parte dos autos da denúncia do Ministério Público, o suspeito atraiu Mariana para dentro da chácara com a promessa de consertar o pneu de seu carro, que ele mesmo teria esvaziado de forma proposital, de acordo com apuração do Ministério Público.

No local, ele teria a ameaçado com uma faca –que foi encontrada sob o banco do carro da vítima–, e usado um pedaço da blusa da universitária para amordaçá-la e vendá-la. Ainda de acordo com o laudo, o suspeito usou um pedaço da mesma blusa da jovem para matá-la asfixiada. O corpo da universitária foi encontrado na manhã seguinte em uma área rural de Ibitinga.

A denúncia do Ministério Público diz ainda que ao cometer o crime, o acusado roubou o carro da jovem, além de seus documentos pessoais, seu aparelho celular, uma caixa de som e R$ 110. Após abandonar o corpo em um canavial, Rodrigo foi até a cidade de Itápolis e abandonou o veículo perto de um cemitério. Policiais chegaram a avistá-lo, mas ele conseguiu fugir e se abrigou na casa de parentes.

Apenas horas mais tarde ele foi preso, após tentar se esconder em um telhado.

O Ministério Público afirmou na denúncia que há provas da materialidade do crime e de autoria que implicam Rodrigo, que possui considerável ficha criminal. Ele já foi condenado por latrocínio tentado, roubo, extorsão, sequestro e abuso e havia deixado o sistema prisional poucos dias antes de cometer o crime.

Suspeito insistiu para ajudar

Heloísa Passarello, amiga de Mariana Bazza, disse que foi o próprio suspeito que ofereceu ajuda para trocar o pneu que estava murcho e insistiu em ajudar.

Uma câmera de segurança da academia registrou o momento que eles conversaram. A jovem chegou a fazer uma foto de Rodrigo trocando o pneu de seu carro e enviou para o namorado. As imagens também registraram o suspeito entrado na chácara a pé e logo em seguida a universitária entrando no local com seu carro. Cerca de uma hora depois, o veículo deixou a chácara.