Durante a tarde da última quarta-feira (11), o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro realizou uma assembleia para discutir a greve. Na ocasião, foi determinado que ela permaneceria pelas próximas 24 horas.

O estado de greve foi mantido mesmo depois que Marcelo Crivella, o prefeito do Rio de Janeiro, fez um anúncio em suas redes sociais referentes aos pagamentos dos profissionais de Saúde, que seria realizado supostamente essa quinta-feira (12).

Na ocasião, Crivella estava em Brasília e não prestou maiores esclarecimentos sobre as origens do dinheiro que seria utilizado no pagamento dos médicos.

Também na última quarta-feira, o desembargador Cesar Marques Carvalho, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), determinou que uma audiência de conciliação entre as partes deva ocorrer. O objetivo dessa ocasião será determinar que as contas da prefeitura do Rio de Janeiro ligadas à administração direta sejam bloqueadas.

Entretanto, logo após a audiência descrita, foi determinada uma data para uma nova determinação. Tal situação será novamente discutida nessa quinta-feira (12), às 14h30. Durante a nova audiência será determinada a manutenção ou não do arresto, bem como se ele será conservado em sua forma integral ou se alguma parte poderá ser suspensa mediante a entrada de verba federal.

Uma vez que um posicionamento definitivo ainda não foi dado aos profissionais da saúde, os médicos envolvidos na greve optaram por conservá-la durante essa quinta-feira, até que a audiência seja realizada e algo concreto seja determinado.

Trecho da ata de reunião

Por meio do portal G1 é possível ler um trecho da ata de reunião relativa à audiência que aconteceu no dia 11 de dezembro.

Na ata em questão, afirma-se que a Prefeitura do Rio de Janeiro contrariou as expectativas ao não apresentar qualquer tipo de proposta para os médicos que se mostrasse definitiva.

O documento em questão também pontua que não foi determinado, de uma maneira objetiva e crível, uma data para que os pagamentos não efetuados sejam feitos.

Além disso, uma recomposição orçamentária do setor de saúde também não foi mostrada pela gestão de Crivella, ainda que o estado de calamidade esteja completamente instaurado na cidade.

Na sequência o texto da ata de reunião menciona que uma nova reunião foi marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho para essa quinta-feira e, considerando a situação exposta até o momento, algumas deliberações foram feitas durante a audiência em questão.

A primeira das deliberações destacadas está ligada à permanência da grave, de forma integral nos serviços de atenção primária, pelo período de 24 horas. Isso se estende a todos os profissionais cujos salários e demais benefícios não se encontram em dia.