Nessa segunda-feira (13), a Vigilância Sanitária de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, deu início ao processo de recolhimento da Belorizontina, cerveja produzida pela Backer. O recolhimento foi feito somente para quem possui o produto emcasa, e não é válido para estabelecimentos como bares, restaurantes e supermercados.

De acordo com informações fornecidas pelo portal G1, o Instituto de Criminalística chegou a encontrar duas garrafas de um lote, de número 1348, referente às linhas de produção designadas como L1 e L2, que continham uma substância tóxica.

A substância se chama dietilenoglicol e é usada nas serpentinas que fazem parte do processo de refrigeração das cervejas.

No presente momento, a Policial Civil do estado de Minas Gerais está realizando uma investigação que visa apurar se o consumo da Belorizontina possui alguma relação com a “doença desconhecida” que rondou o estado, levando uma mulher e oito homens a serem hospitalizados e ocasionando o falecimento de um dos homens.

É possível afirmar ainda que um dos pacientes acometidos pela doença está internado na cidade de São Lourenço, localizada no Sul de Minas Gerais. Entretanto, ele esteve em Belo Horizonte durante o período de férias.

Além dele, a mulher citada anteriormente, da cidade Viçosa, também está no hospital.

A prefeitura da cidade chegou a notificar a Superintendência de Saúde sobre a suspeita de mais um caso da “doença misteriosa” e, posteriormente, a suspeita foi confirmada, ainda na última sexta-feira (10).

De acordo com informações obtidas pelo G1, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, a mulher não esteve em Belo Horizonte.

Laudo confirma presença de dietilenoglicol

Na última quinta-feira (9), as autoridades responsáveis por conduzir a investigação fizeram a coleta do material necessário para realizar uma perícia na cervejaria Becker, localizada no bairro Olhos D'Água, zona oeste de Belo Horizonte. As informações foram confirmadas pela própria polícia.

No que se refere ao laudo emitido na quinta-feira, a presença de dietilenoglicol foi confirmada após uma perícia das garrafas de cerveja, que foram recolhidas nas casas dos próprios pacientes acometidos com a “doença misteriosa”. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, ainda não é possível atribuir a culpa de toda a situação à Becker.

Durante a tarde do último domingo (12), a Becker ainda afirmou que nunca chegou a utilizar a substância tóxica citada, encontrada nas garrafas de bebida dos pacientes. A empresa não forneceu maiores informações sobre o número de garrafas que fabricou desde que o lote foi produzido.