Uma semana após serem presas, Ana Flávia Gonçalves e Carina Ramos confessaram nesta quarta-feira (5), a participação no assalto à casa de Romuyuki e Flaviana Gonçalves, pais de Ana Flávia, e do irmão dela, Juan Victor.

As vítimas foram torturadas, mortas com golpes na cabeça e tiveram os corpos colocados dentro do carro da família, que posteriormente foi incendiado em uma estrada rural de São Bernardo do Campo, na divisa com Santo André, próximo ao Rodoanel. O local onde o carro foi encontrado fica cerca de seis quilômetros da casa onde residia a família, em um condomínio em Santo André.

Em novo depoimento, prestado nesta quarta-feira (5), as duas admitiram terem participado do assalto, mas negaram participação na morte dos familiares. Elas vinham negando envolvimento no crime desde o início das investigações.

Cinco pessoas já estão presas e agora a Polícia busca localizar um sexto envolvido, que teria dado carona ao grupo logo após o carro com os corpos das vítimas dentro ter sido incendiado.

Suspeito deu mais detalhes

Na última segunda-feira, Juliano Ramos Júnior, de 22 anos, quinto suspeito detido e primo de Carina, contou maios detalhes sobre o crime. Em depoimento, ele disse que a ação foi planejada e que o objetivo do grupo era assaltar a casa da família, pois sabiam da existência de 85 mil reais que lá estavam guardados em um cofre.

Segundo o suspeito, ele e outros dois homens usaram o carro de Ana Flávia para ter acesso ao condomínio. Lá eles levaram pai e filho para o andar de cima do imóvel e os torturaram para que passasse a senha do cofre, mas os dois não sabiam a combinação. As investigações sugerem que eles foram mortos em decorrência das pauladas que levaram.

A polícia também busca saber se Flaviana foi morta dentro da casa ou obrigada a dirigir o carro com os corpos do marido e do filho até a estrada rural e depois foi morta no local. A arma localizada para cometer os assassinatos ainda não foi localizada.

As autoridades não tem dúvida da participação de Ana Flávia e sua companheira planejaram a ação, restando descobrir a real motivação para o crime.

A polícia trabalha com as hipóteses de briga familiar e também de um latrocínio frustrado. Também cogita-se que o grupo estaria interessado na herança que o casal deixaria depois de morto.

Os outros detidos

Além de Ana Flávia, Carina e Juliano, outras duas pessoas também estão detidas por participação no crime.

Um deles é Guilherme Ramos da Silva, vulgo Massa ou Lipe, e que foi citado por Juliano como sendo um dos comparsas. O outro é Michael Robert dos Santos dos Anjos, vulto Marco, também apontado pelo primo de Carina como sendo um dos comparsas.