O dono de um restaurante de luxo em Santos, no litoral de São Paulo, amargou um grande prejuízo quando um homem de 26 anos, após passar 13 horas dentro do estabelecimento e ter consumido R$ 3 mil, entre bebidas caras e comida, tentou sair do estabelecimento sem pagar.
O caso aconteceu no começo do mês, mas veio a público nesta sexta-feira (28), quando outros comerciantes também revelaram ter sido vítimas do golpista. O último deles na segunda-feira de Carnaval, quando causou prejuízo de R$ 1 mil ao dono de um bar.
Pediu tudo do bom e do melhor
Falando ao portal de notícias G1, Milena da Silva Gonçalves Bento, de 34 anos, dona do estabelecimento e vítima do golpista, disse que o rapaz chegou ao local por volta das 13h e se apresentou como sendo um jogador de futebol, mas que atuava em outro país.
Durante o tempo em que ficou no local, o rapaz pediu comida, bebidas importadas e ainda pediu o celular de um dos garçons emprestado para solicitar três garotas de programa. Ele disse ainda que pagaria bebidas para todos que estavam no restaurante.
Após várias horas no local e com a conta cada vez mais alta, o golpista decidiu agir, de acordo com o empresário. Dizendo que sua carteira havia sido furtada dentro do estabelecimento, ele chamou a Polícia e, ainda de acordo com o comerciante, tentou se colocar na condição de vítima. “Tentou se colocar como vítima por saber que não tinha como pagar”, disse Silva Bento.
Por volta das 2h, ele, outro homem, além das três garotas de programa, que também levaram calote do golpista, foram até a delegacia, porém o homem acabou sendo liderado e as garotas de programa e o proprietário do restaurante ficaram no prejuízo.
A conta no restaurante ficou em R$ 3 mil.
Outros golpes na região
Outros comerciantes da cidade reconheceram o golpista, que, segundo eles, agia de forma parecida. O dono de um bar disse que na última segunda-feira (24), o rapaz levou junto o motorista de aplicativo, pagou bebidas para mulheres e saiu devendo cerca de R$ 1 mil do estabelecimento.
Para escapar da conta, segundo o dono do bar, ele reclamou do atendimento prestado.
“Na verdade ele (o estelionatário) não tinha a intenção de pagar, já que não tinha cartões nem dinheiro”, disse Hugo Alexandre Ferreira, de 38 anos, que relatou ainda que nem documentos o suspeito portava. De acordo com o empresário, o modo de agir do golpista é padrão.
Ele vai aos locais sem dinheiro e faz vários pedidos. Sem dinheiro, ele chama a polícia, arruma confusão e deixa o local sem pagar.
Esse mesmo motorista de aplicativo o levou para outra cidade com a promessa que receberia R$ 400, mas também ficou sem ver a cor do dinheiro.
O caso foi registrado no 7º Departamento de Polícia de Santos e a polícia está investigando.