Na noite da última quarta-feira (4), Maritza Guimarães de Souza e a sua filha Ana Carolina de Souza foram encontradas mortas em sua casa, localizada em Curitiba, no Paraná. Na ocasião citada, as duas foram achadas abraçadas atrás de um sofá da casa em que viviam. Segundo a Polícia, mãe e filha foram mortas por Erik Busetti, um delegado, com cerca de 9 tiros de arma de fogo. Busetti era casado com Maritza, e Ana Carolina era enteada dele.

De acordo com as informações do site RicMais, a julgar pelo estado em que as autoridades encontraram a cena do crime, Maritza e Ana Carolina estavam assistindo a um filme na sala de sua casa quando foram surpreendidas pelo assassino.

É válido destacar ainda que Maritza tinha uma arma em casa, visto que ela atuava como escrivã da Polícia Civil. Entretanto, na ocasião em que ela e a filha foram surpreendidas, a mulher estava afastada da arma em questão.

De acordo com Camila Cecconello, delegada da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Erik Busetti chegou a ser interrogado. Entretanto, antes do interrogatório, ele recebeu orientações do responsável por sua defesa, de forma que se conservou em silêncio na ocasião destacada.

A partir desse conselho do advogado do delegado, não foi possível que os detalhes acerca do crime fossem esclarecidos. Assim, os momentos que antecederam a morte de Martiza e Ana Carolina ainda não estão completamente claros para a Polícia Civil, de forma que ainda não é possível afirmar que o crime praticado por Erik foi premeditado.

Segundo as informações fornecidas por Camila Cecconello, ainda não é possível saber se ocorreu uma briga e se Ana Carolina estava envolvida nela de alguma forma. Além disso, de acordo com os relatos, a policial chegou a afirmar que a filha mais nova de Maritza estava dormindo quando tudo aconteceu e somente acordou depois de ouvir os tiros.

Inquérito será concluído em dez dias

Erik Busetti foi preso em flagrante e será julgado pelo crime de feminicídio. Atualmente, ele está preso no Complexo Médico Penal, localizado em Pinhais, cidade da região metropolitana de Curitiba. O delegado se encontra em um espaço destinado especialmente para policiais. De acordo com as informações do RicMais, o inquérito referente ao assassinato de mãe e filha está previsto para ser finalizado no prazo de 10 dias.

Além disso, ainda correrá o processo interno da Polícia Civil do Paraná, instaurado pela Corregedoria da corporação. O objetivo do processo em questão é determinar se Erik será ou não expulso da Polícia Civil. Segundo Marcelo Lemos, delegado corregedor, o processo em questão será um pouco mais lento e deve levar em torno de seis meses para ser concluído.