O novo coronavírus continua tirando a vida de milhares de pessoas no Brasil, inclusive pessoas famosas. Faleceu nesta segunda-feira (18), em Belém, no Pará, o humorista Claudio Henrique Lopes Rendeiro, mais conhecido pelo nome do seu personagem Epaminondas Gustavo.

Humorista Epaminondas morre de Covid-19

O humorista Epaminondas estava internado em uma unidade de saúde da capital paraense desde o dia 9 de janeiro, após ser diagnosticado com Covid-19. O quadro de saúde do humorista teve uma piora na última semana. Ele chegou a avisar aos amigos e seguidores que a sua situação de saúde estava sob controle e que estava recebendo medicamentos e realizando exercícios para melhorar a parte respiratória.

Após a sua piora nos últimos dias, seus familiares e amigos chegaram a pedir nas redes sociais que as pessoas orassem pela recuperação do mesmo, mas ele não resistiu às complicações do vírus e morreu na manhã de segunda-feira.

A família de Epaminondas lançou uma nota lamentando a morte do humorista e agradecendo o carinho, apoio e orações dos fãs, amigos, da imprensa e das autoridades da imprensa. Manoel Rendeiro, irmão de Claudio, falou que a vontade de Deus é soberana e que deve ser aceita por todas as pessoas, mesmo sabendo que a perda do humorista é dolorosa e difícil de ser assimilada.

Tribunal de Justiça lamenta morte do juiz

Claudio era juiz da 4ª Vara do Tribunal de Júri, em Belém, e trabalhava como ator nas horas vagas, e o Tribunal de Justiça lançou uma nota lamentando a sua morte.

Segundo eles, o velório e enterro do profissional seriam realizados seguindo as normas recomendadas por causa da pandemia.

Eles falaram que a cerimônia estava sendo reservada apenas para as pessoas do círculo familiar do artista e que o tribunal estava adotando os procedimentos adequados quando ocorre a perda de um dos seus integrantes, e que o juiz fazia parte era um dos mais destacados no exercício da função e na aplicação da justiça.

Claudio era muito conhecido pela sua forma autêntica e improvisada de realizar as suas paródias. Ele dava vida ao caboclo Epaminondas, que representava o paraense e sua forma de falar. O personagem famoso teve como inspiração Manoel, o próprio pai do humorista, e Benedito, um tio do mesmo, de quem trouxe os trejeitos.

O homem era natural de São Caetano de Odivelas e apaixonado pelo direito e pelo humor, e no ano de 2009 sugeriu que fosse realizada uma encenação para que fosse explicado, de forma dinâmica, o que a Vara de Execução Penal fazia quando aplicava penas que não incluíam prisão.

No ano de 2014, ele gravou áudios para a Justiça do Trabalho onde falava sobre o combate ao trabalho infantil e em 2019 fez uma participação na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, momento em que fez o relançamento e autografou os livros "Líricas Ribeirinhas e Outras Margens", "Sátiras de um Ribeirinho" e "Causos".