A empresária Mariana Alves, de Fortaleza, no Ceará, resolveu desabafar nas suas redes sociais por conta do cyberbullying que a filha, Maria Luiza, de 13 anos, sofreu em um aplicativo de conversas por vídeo com outros adolescentes. Segundo a mãe, não foi o ato em si que a incomodou, sendo apenas uma espécie de estopim. "Isso deu um start para falar porque, inclusive, vou ser voz e outras pessoas podem se identificar comigo", disse a empresária em entrevista ao portal G1.

A adolescente, que faz uso da órtese em uma das pernas desde seus seis anos de idade, postou em seu perfil no Instagram fotos de um ensaio que fez.

Depois disso, ao participar de uma chamada de vídeo com colegas em um outro aplicativo, a jovem ouviu frases preconceituosas.

A publicação da empresária chegou a viralizar nas redes sociais e reacendeu a discussão sobre como o bullying virtual pode ofender pessoas de várias idades, incluindo os adolescentes.

A menina não consegue movimentar a perna esquerda sem auxílio de uma órtese e muletas. Segundo a mãe disse ao G1, as fotos foram para Malu –como é chamada a jovem– se empoderar e ter mais autoestima. A órtese, porém, chamou muito a atenção de pessoas que já tinham o desejo de magoá-la.

Segundo Mariana, não foram nem amigas ou amigos da sua filha que fizeram isso, foram alguns “conhecidos” que entraram na sala virtual onde Maria Luiz estava apenas para fazer comentários maldosos com a menina.

A empresária disse ainda que esse caso esta lhe dando um esgotamento físico e mental.

Sem nenhum diagnóstico definido

Maria Luiza, nos seus seis anos de idade, descobriu que iria ter sérias dificuldades para andar. Ela recebeu diagnósticos diferentes, mesmo assim não sabe o porquê desse comprometimento para andar. No começo, chegaram a pensar que a menina teria sinovite transitória, uma inflamação que pode ocorrer nas articulações do quadril e pode ser curada espontaneamente.

Mas não era nada disso.

Logo depois, ela teve o diagnóstico de síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara e autoimune, na qual os nervos da pessoa são atacados. Essa síndrome voltou à tona atualmente depois que várias entidades medicas alertarem que algumas infecções por coronavírus podem provocar essa condição.

Logo em seguida, depois de a família ir em busca de outros especialistas da aérea, Malu teve o diagnóstico de polio like, que, de acordo com a mãe da jovem, é o que tem mais aproximação com o quadro clinico da filha. É uma síndrome bastante rara, segundo a empresária, e há poucos casos que foram diagnosticados no mundo inteiro.