Nessa sexta-feira (13), o ex-deputado Roberto Jefferson foi preso no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. A PGR (Procuradora-Geral da República) soltou uma nota dizendo que foi contra esse pedido por respeitar a liberdade de expressão. Diz a nota que, segundo o entendimento da Procuradoria, a prisão representaria uma espécie de censura da liberdade de expressão, o que vai contra a Constituição Federal.
Nesse mesmo comunicado, Augusto Aras, procurador-geral da República, faz uma refutação da informação saída do gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de que não fazia nenhuma referência à prisão, mas sim, ser contrário no que disse o gabinete do ministro referente ao prazo de se manifestar.
Segundo Aras, a manifestação segue todas os trâmites que o órgão pede.
A PGR ainda disse que não vai contribuir para aumentar o clima de polarização que está acontecendo no Brasil.
PTB teria recebido R$ 136 milhões
Segundo aponta a Crusoé, o partido de Jefferson, PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) teria recebido R$ 136 milhões que foram usados para ataques.
Segundo a decisão judicial, Alexandre de Moraes citou um possível uso dos recursos destinado ao fundo partidário para promover várias milícias digitais. Entres esses ataques estão vídeos que fazem ataques contra o Estado democrático de direito. E essas transmissões seriam vinculadas às redes sociais do próprio partido.
Entre o ano de 2016 ate 2020, o PTB teria recebido o valor de pelo menos R$ 136 milhões pelo fundo partidário.
Só no ano de 2020, o próprio presidente do partido, Roberto Jedferson, teria recebido o valor de R$ 314 mil de remuneração por sua atividade dentro do partido.
Boa parte desses recursos públicos que o PTB teria recebido foram destinados para a Fundação Ivete Vargas, uma entidade de formação política do partido. Entre suas maiores despesas são as contratações na área de comunicação, marketing digital e mídias sociais,
O advogado de Jefderson, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, também é contratado do partido com os mesmos recursos públicos.
Tudo somado em repasses do fundo eleitoral que é destinado ao financiamento de campanha, essas transferências entre a Justiça Eleitoral e o PTB somam a quantia de R$ 224 milhões desde 2017 até os dias de hoje.