Na noite do último domingo (14), Pablo, um menino autista de apenas oito anos, desapareceu em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ele foi encontrado durante a madruga de segunda-feira (15), bastante desorientado e com marcas de agressão pelo corpo. Foram notados ferimentos na boca e cabeça do jovem. Um pedaço de uma das orelhas de Pablo havia sido arrancado com um alicate. Devido às marcas no corpo, a família do menino acredita que ele foi torturado.
O caso
O 4º Distrito Policial do município, responsável pelas investigações do crime, registrou o caso como lesão corporal grave.
De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública do estado, existem dois suspeitos de ter cometido ou estarem envolvidos no crime contra o menor. Os suspeitos, uma mulher de 59 anos e um homem de 57, ainda não foram identificados.
Irmã da vítima
Em entrevista ao telejornal "Tem Notícias", da TV TEM, afiliada da Rede Globo na região, a irmã do menino disse que ele foi torturado."Se quisessem matar ele, matavam, porque ele é uma criança e fizeram para torturar mesmo", disse ela, que ainda comentou que o irmão havia sido amarrado tanto nos braços como nas pernas.
Declarações do menino
Ainda segundo informações divulgadas pelo telejornal "Tem Notícias", a criança relatou que parou na casa de vizinhos para arrumar uma câmara de segurança que estaria torta, quando foi abordado por um homem e pela mulher que o arrastaram para o interior do próprio imóvel e começaram a torturá-lo, afirmando que isso estava acontecendo para que ele aprendesse uma lição.
As torturas duraram cerca de seis horas. O menino definiu o casal de suspeitos como pessoas muito bravas.
Encontrado
Após ficar desaparecido por horas e ter sido torturado, o menino foi encontrado inconsciente em um matagal por um morador. Em seguida, ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que o encaminhou para o Conjunto Hospitalar da cidade.
O estado de Saúde da criança ainda não foi divulgado.
Mãe
Segundo informações, a criança teria saído de casa durante um momento de distração da mãe. O Conselho Tutelar avaliou o episódio como negligência da mãe do garoto e retirou provisoriamente dela a guarda do filho.
O casal de suspeitos foi ouvido na delegacia e liberado após negarem qualquer envolvimento no crime.