Praças de pedágio de rodovias de São Paulo tiveram reajustes a partir deste 1º de julho (quinta-feira). A majoração acompanhou o indicador Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPCA), 9que calculou a taxa de inflação no período entre junho de 2020 e maio de 2021. Assim, o aumento será de 8,05% a 24,47%, dependendo do local, com valores máximos que chegaram a R$ 30,20 nas rodovias Imigrantes/Anchieta, administradas pela Ecovias, o pedágio mais alto o Brasil.

Algumas outras praças do Estado tiveram aumento no início de junho - administradas pela concessionária Eixo-SP.

Por sua vez a Via Paulista, que controla estradas em São Carlos, ainda não terá aumento. Já para a concessionária Entrevias, os reajustes acontecerão no dia 6 de julho.

Pedágios seguem indicador

Já o dissídio da categoria de atendente de pedágio ficou em 4,20% para 2021, segundo o site dissidio.com.br., e acompanha o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Esse reajuste valeu para 18 rodovias administradas por concessionárias, foi autorizado pela Agência Reguladora de Transportes (Artesp) e publicado no Diário Oficial do dia 24 (sexta-feira), e atingiu a CCR Autoban, Ecovias, CCR Rodoanel, ViaRondon, entre outras.

Pedágios de São Paulo são os mais caros do Brasil

O estado de São Paulo registra ou pedágios mais caros do país.

E existe a proposta federal de cobrar pedágio por trecho percorrido, mas ainda não em vigor. O presidente Bolsonaro já assinou a lei que estabelece a "passagem livre", eliminando as cancelas das praças de pedágio, e estabelecendo cobrança apenas pelo quilometro efetivamente percorrido por um veículo dentro da mesma rodovia.

CCR não fazia investimentos há anos

Os aumentos de pedágio algumas vezes não acompanham melhorias nas estradas devido a disputas judiciais. Por exemplo, o Governo de São Paulo e a concessionaria CCR acabaram de firmar um acordo envolvendo débitos da empresa com o Estado. O acordo de R$ 2,3 bilhões de investimentos e indenização de R$ 1,2 bilhão, por equilíbrio contratual, zerou passivos regulatórios com três concessionárias do grupo CCR - Autoban, SPVias, e a ViaOeste, segundo anunciou o vice-governador Rodrigo Garcia.

Com isso a empresa irá finalmente destravar investimentos parados há anos, principalmente na região Oeste da Grande São Paulo.

Os investimentos prometidos irão melhorar as marginais de Alphaville, a Rodovia Castelo Branco, um trecho de Osasco, e a duplicação da ponte sob o rio Tietê - que irá facilitar o fluxo de veículos que chegam e saem da cidade de São Paulo.

No total, ocorrerão obras em 13 rodovias paulistas, com geração de 5 mil empregos diretos, nos 1.005 quilômetros administrados pela CCR, segundo garantiu o governador João Dória em coletiva à imprensa que anunciou esse acordo.