Jô Soares faleceu na madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos. A notícia foi confirmado por Flávia Pedras, sua ex-mulher, em uma publicação nas redes sociais. Ele estava internado desde o dia 28 de julho, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia. A causa da morte ainda não foi divulgada e o funeral, em local ainda não divulgado, será fechado para amigos e familiares.
A atriz Adriane Galisteu, que foi dirigida por Jô Soares em três peças teatrais e era vizinha do apresentador, declarou que ele estava num momento delicado de saúde.
Jô Soares nasceu no Rio de Janeiro
José Eugênio Soares, o Jô Soares, nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Filho único, teve uma educação de primeira qualidade, nos colégios São Bento, no Rio de Janeiro, e São José, em Petrópolis. Foi casado com Teresa Austregésilo (de 1959 a 1979), Sílvia Bandeira (de 1980 a 1983) e Flávia Junqueira (de 1987 a 1998). Ainda jovem, morou na Suíça, onde pretendia seguir carreira como diplomata. Teve um filho, Rafael Soares –fruto do casamento com Teresa Austregésilo–, falecido em 2014, aos 50 anos, devido a um câncer no cérebro. A perda marcou profundamente Jô, que na época declarou que aquele acontecimento era o pesadelo de qualquer pai. Em 2011, Rafael, ainda criança, costumava acompanhar o pai no programa matinal da Rádio Globo que Jô protagonizou durante um tempo.
Jô Soares estreou na TV em 1956, aos 18 anos, em um programa humorístico, segmento que seguiu com sua carreira. Chegou a fazer a novela "Ceará contra 007", em 1965, marcando sua veia cômica no personagem principal, uma paródia de um famoso espião do cinema.
Sucessos na TV Globo
Na TV Globo fez grande sucesso em programas humorísticos desde 1971.
AInda foi comentarista no "Jornal da Globo" DE 1983 a 1987.
Em 1988, saiu da Globo e foi para o SBT, onde apresentou um talk-show até 1999. No ano seguinte, retornou à Globo, onde permaneceu até 2016 com "Programa do Jô".
Como entrevistador em programa na TV, entrevistou mais de 15 mil pessoas, entre Famosos e desconhecidos.
Criou inúmeros personagens em seus programas de humor e ficou célebre por bordões, que marcaram época e foram repetidos no dia a dia por inúmeras pessoas.
Filmes e literatura
Participou ainda de 25 filmes e assinou colunas em jornais diários e revistas semanais, fazendo críticas ácidas sobre a conjuntura nacional.
Atuou também na literatura, escrevendo inúmeros livros, de coletânea de crônicas, a ficção e uma autobiografia, intitulada por ele mesmo como "desautorizada".