Astrônomos na Austrália captaram um sinal de rádio "alienígena" vindo do espaço pela primeira vez no momento em que ocorria. O sinal foi detectado no dia 15 de maio de 2014, embora tenha sido relatado apenas agora pelo periódico "Notícias Mensais da Sociedade Astronômica Real". Emily Petroff, estudante de doutorado da Universidade de Tecnologia Swinburn, Melbourne, explica que a explosão de sinal foi identificada dentro de 10 segundos de sua ocorrência e que a importância da descoberta foi rapidamente reconhecida e todos os envolvidos estão trabalhando para contatar outros astrônomos e observatórios pelo mundo para que eles também investiguem o local do fenômeno.

Emergindo de uma superfície desconhecida, estas explosões são flashes brilhantes de ondas de rádio que emitem tanta energia em poucos milissegundos quanto o sol produz em 24 horas. A primeira explosão de onda de rádio foi detectada em 2007, e até a atual descoberta havia outras 8 encontradas em dados antigos. Enquanto pesquisadores usam telescópios no Havaí, Índia, Alemanha, Chile e Califórnia para procurar pelas explosões, o radiotelescópio do observatório CSIRO Parkes, no leste da Austrália, foi o primeiro a captar tal fenômeno ao vivo.

A causa do sinal misterioso permanece desconhecida, com possíveis teorias abrangindo desde buracos negros à comunicação alienígena. Entretanto, caçadores de OVNI's não devem se animar.

Segundo Petroff, a provável origem é de fontes naturais, e não alienígena. As teorias mais promissoras até o momento são o fenômeno seja produzido por estrelas emitindo uma explosão altamente energética ou por uma estrela de nêutrons em colapso, formando um buraco negro, ambas ocorrendo em galáxias muito distantes, há bilhões de anos-luz.

Captar este fenômeno no momento em que ocorre é a chave para encontrar sua fonte. Isso permitiria que outros telescópios fossem direcionados para tal direção. Neste caso, Petroff conta que tentaram mover outros telescópios na direção do fenômeno, mas atingiram o alvo oito horas mais tarde e nada foi encontrado. Porém, os pesquisadores conseguiram eliminar outras possíveis causas, como explosões de raios-gama de estrelas e supernovas.

Ainda, a equipe pode determinar que a fonte estava próxima a um objeto com campo magnético considerável, devido a forma como o comprimento das ondas foi polarizado.

Enquanto a fonte não é descoberta, os pesquisadores continuam esperançosos. Petroff é otimista e diz que a equipe está aprendendo com os erros e da próxima vez que encontrarem o sinal no momento certo, conseguirão agir mais rápido e finalmente descobrir a fonte do fenômeno.