O Observatório Austral Europeu (ISSO) anunciou, nesta última segunda-feira (2), a descoberta de três planetas de tamanhos, temperaturas e peculiaridades que se assemelham demasiadamente à Terra. A descoberta feita por um grupo internacional de cientistas foi publicada na conceituada revista ‘Nature’. Os três exoplanetas orbitam uma estrela anã fria com distância de “apenas” 40 anos luz do planeta Terra.
A descoberta foi feita pelos astrônomos através do telescópio TRAPPIST (nome dado à anã ultrafria), que está instalado no Observatório La Silla, localizado no Chile.
Evidências foram percebidas através da detecção do desaparecimento recorrente da estrela em intervalos com certo padrão, o que podia significar que diversos objetos passavam entre a anã fria e a Terra.
Segundo pronunciamento dos astrônomos, a TRAPPIST-1 está localizada na constelação de Aquário, e tem como característica principal ser mais vermelha que o Sol, entretanto mais fria. É uma estrela de tipo comum encontrada na Via Láctea, porém é a primeira vez que foram encontrados planetas gravitando na órbita de uma anã ultrafria como a TRAPPIST-1. Os achados foram publicados pela revista ‘Nature’ e sustentados pelo astrofísico Emaanuël Jehin, um dos cientistas mais entusiasmados pelo projeto ao lado de Julien de Wit, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos.
“É um passo gigante na busca de vida no Universo”, afirmou Julien.
Através de estudos mais avançados, pode-se definir a distância dos três planetas da anã, a qual orbitam, estando entre 20 a 100 vezes mais próximos da estrela, se em comparação da Terra com o sol. Também foi possível medir a quantidade de radiação recebida pelos planetas, comparando sempre ao planeta Terra, e o resultado animou ainda mais os cientistas: dois dos planetas recebem só quatro vezes e duas vezes mais radiação que a Terra recebe do sol, enquanto o terceiro recebe, aparentemente, menos radiação que nosso planeta.
A descoberta busca impulsionar os estudos acerca da existência de vida fora do planeta Terra. O descobrimento de exoplanetas com similaridades ao planeta Terra podetrazer à tona a descoberta de que não estamos sozinhos.