No Brasil atual, é normal a prática da automedicação, seja para uma dor de cabeça ou, até mesmo, para aquela indigestão depois do almoço. Todo mundo costuma ter em casa, ou até mesmo na bolsa, uma pequena farmácia particular. Isso acontece devido à facilidade de acessos aos medicamentos e uma Saúde pública vergonhosa.
Em alguns casos, o uso de um comprimido pode resolver o problema de forma rápida, mas, a partir do momento em que a automedicação vira uma rotina, acaba se tornando um perigo, pois a pessoa acaba ficando dependente dos remédios.
A autora Marcia Kedouk, em seu mais recente livro “Tarja-Preta”, revela o que os médicos não dizem sobre os remédios.
O livro foi publicado pela revista ,Superinteressante, da Editora Abril, e nele possui um capítulo completo falando sobre os efeitos de medicamentos mais consumidos pelos brasileiros.
Segue abaixo 5 dos remédios listados:
1 - Dorflex
Serve para aliviar a dor e febre baixa.
A alta dosagem do princípio ativo, Orfenadrina, presente no remédio, se torna tóxica e pode até levar à morte.
2 - Eno
Utilizado para queimação no estômago.
É recomendado o consumo máximo diário de 2 gramas. Normalmente, uma pessoa adulta consome dois envelopes. O remédio acaba se tornando uma bomba, especialmente para quem tem problemas no coração e pressão alta.
3 - Tylenol \ Paracetamol
Trata-se de um analgésico sem propriedades anti-inflamatórias.
As doses recomendadas pelo médico são bastante seguras, mas, devido à facilidade de compra, provocam o aparecimento de casos com dosagens excessivas, podendo sobrecarregar o fígado causando lesões irreversíveis.
4 - Neosoro
É um descongestionante nasal.
Se usado com frequência, depois de um tempo, o efeito do remédio fica mais fraco, causando um novo entupimento do nariz.
Isso faz com que a pessoa entre em ciclo vicioso e passe a ficar dependente do remédio.
Pode causar o aumento da pressão sanguínea e problemas no coração.
5 - Amoxil \ Amoxicilina
É um antibiótico utilizado no tratamento de infecções causadas por bactérias.
O uso indevido faz com que as bactérias fiquem resistentes e passem a ser chamadas de superbactérias.