Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, acabam de descobrir uma relação entre o uso de altas doses de ibuprofeno e o aumento do risco de disfunção erétil e infertilidade masculina. O estudo foi publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), nesta segunda-feira (8). O uso da substância também foi relacionado a um aumento significativo da fadiga.
Trinta e um homens, com faixa etária entre 18 e 35 anos, participaram do estudo ao longo de seis semanas, durante as quais acabaram desenvolvendo o que os médicos denominam de 'hipogonadismo compensado'; a produção de hormônios sexuais foi interrompida, algo comum em homens de mais idade, sobretudo em fumantes, após duas semanas ingerindo duas doses diárias de 600mg do medicamento.
Os efeitos produzidos nos voluntários foram leves e temporários. Os cientistas, porém, chamam a atenção para o uso indiscriminado do ibuprofeno, presente em boa parte dos analgésicos e anti-inflamatórios de uso comum, incluindo remédios indicados para o tratamento de gripes e dores de cabeça. O uso constante do remédio pode causar, a longo prazo, problemas para iniciar e manter a ereção, além de infertilidade masculina.
David Møbjerg Kristensen, um dos autores do estudo, explica que os compostos de ibuprofeno são bons analgésicos, e que a preocupação está apenas em seu uso a longo prazo.
Outras causas da disfunção erétil
Também conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil pode ter razões físicas ou psicológicas, ou ainda, uma junção de ambas.
Entre as causas físicas mais conhecidas para a disfunção erétil estão :
- tabagismo;
- doenças cardiovasculares;
- diabetes;
- alterações hormonais;
- hipertensão arterial;
- uso de drogas;
- uso de medicamentos (para diabetes, ansiedade, antidepressivos e anti-hipertensivos);
- alcoolismo;
- alguns tipos de intervenções cirúrgicas.
Já nas causas psicológicas, podemos listas como agentes causadores de impotência sexual:
- inseguranças com relação ao desempenho sexual;
- ansiedade;
- pressão social;
- depressão;
- outras causas psicológicas mais complexas, tais como traumas.
O problema é mais comum a partir dos 40 anos, mas também pode acometer homens mais jovens.
Devem procurar ajuda médica os adultos que sentem dificuldade constante para iniciar ou manter uma ereção.
Sabe-se que até os 50 ou 55 anos, a maioria dos problemas de disfunção erétil são de ordem psicológica, e podem ser tratados em uma parceira de médico especializado junto a um terapeuta.
A disfunção erétil tem tratamento e não deve ser encarada como tabu, e sequer negada por aqueles que sofrem do problema. Procurar ajuda é o meio mais fácil e rápido de voltar a ter uma vida sexual satisfatória e confortável.