A dermatite atópica ou eczema atópica é uma doença crônica que provoca coceira incontrolável, ressecamento intenso da pele, inflamação e, consequentemente, lesões avermelhadas e descamação pelo corpo. Às vezes, as lesões ficam úmidas e com crostas, mas não é transmissível.

Como coça muito, as unhas provocam arranhões e com isso abre as lesões, que soltam prurido e por vezes sangue, podendo infeccionar. A causa da dermatite atópica é desconhecida, mas se sabe que os fatores ambientais e a predisposição genética ativa essa doença, sendo mais comum na infância e pode desaparecer em qualquer idade ou até mesmo piorar.

Em Bebês, as lesões apresentam-se no rosto e nas superfícies externas das pernas e dos braços. Em crianças maiores e em adultos, as lesões aparecem especialmente nas dobras do pescoço, braços e joelhos. Quando a dermatite é severa, as lesões acometem uma grande parte do corpo.

A pele sempre está ressecada, extremamente sensível e com grande possibilidade de inflamação e prurido, principalmente quando a pele é exposta a elementos agressores, tais como o suor, cloro de piscina, cosméticos e até mesmo estresse emocional.

O principal tratamento da dermatite atópica consiste em hidratar a pele, pois fortalece a barreira cutânea. O hidratante deverá ser sem perfume e emolientes, hidratantes pobres em água.

Os banhos deverão ser com água morna, já que a quente agride a pele e tem que ser o mais rápido possível. Os sabonetes ideais para os pacientes são os de recém-nascidos por terem a sua fórmula mais suaves e não contém corantes e nem conservantes.

Em alguns casos são necessários antibióticos, corticoides orais, cremes ou pomadas a base de corticoides com potências variadas e imunomoduladores para controlar a crise.

A grande novidade é que acaba de ser aprovada no Brasil o primeiro anticorpo monoclonal, o dupilumabe, que será apresentado com o nome de Dupixent. É uma injeção autoaplicável que irá proporcionar um alívio eficaz e por período longo para as pessoas que sofrem com essa doença.

A finalidade desta medicação é dar alívio a pessoa, inibindo a coceira como também o surgimento de lesões que podem infeccionar.

A injeção poderá ser aplicada pelo próprio paciente ou por um profissional de saúde a cada duas semanas.

Acredita-se se que a injeção, junto com outros procedimentos, silencie essa doença que traz tanto desconforto para a pele como também para a alma. A medicação infelizmente tem seus efeitos colaterais. Os mais comuns que são a inflamação nos olhos e na pálpebra, feridas na boca e nos lábios e inchaço no local da injeção.