Em 30 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou que fossem reservadas 7.000 doses da vacina contra o coronavírus ao Instituto Butantan, para imunização de seus funcionários. O STF também enviou um ofício ao diretor Dimas Covas, da Fiocruz, que tem produzido vacina contra a Covid-19 junto ao Instituto Oxford. O jornal Folha de S. Paulo teve acesso ao ofício assinado pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, e enviado aos institutos.
O STF utiliza como argumento para solicitação da reserva das vacinas contra o coronavírus, em primeiro lugar, para a imunização do maior número de funcionários que são importantes para o país, e ainda ressaltou que dentre os trabalhadores há uma grande quantidade de pessoas que estão classificadas no grupo de risco.
Em segundo lugar, porque essa seria uma forma do STF contribuir para a população em um momento tão crítico pelo qual passa o Brasil e o mundo. O STF ainda alegou que essa atitude irá acelerar o processo de imunização da população, permitindo que assim haja destinação dos equipamentos públicos de saúde para pessoas mais vulneráveis e, assim, colaborar de forma significativa para a Política Nacional de Imunização contra o novo coronavírus (Covid-19), informou o documento.
Fiocruz nega pedido de reserva da vacina ao STF
Visando combater o avanço da pandemia do coronavírus entre os 7.000 mil funcionários, o Supremo Tribunal Federal (STF) enviou um ofício solicitando reservas da vacina tanto ao Instituto Butantan como a FioCruz.
No entanto, a Fiocruz negou o pedido do Tribunal, mas não disse os motivos.
Já o Instituto Butantan e o STF não deram nenhuma resposta, segundo reportagem da Folha.
Fux exonera secretário pela autoria do pedido
Marco Polo Dias Freitas, secretário de serviços integrados de saúde da Corte, foi exonerado do cargo por Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Fux, Freitas foi o autor do pedido das 7.000 mil vacinas tanto ao Butantan como a Fiocruz e essa atitude, em sua Opinião, se configurou em algo agressivo.
Fux recebeu a notícia do pedido como um choque e considerou que o autor do pedido agiu sem nenhuma falta de noção e de modo inoportuno, disse ao ser procurado pela Folha.
Ex secretário diz 'que nunca realizou ato (no STF) sem anuência dos supervisores'
Nesta terça-feira (29), o médico Marco Polo Dias Freitas disse à Folha que durante o tempo (6 anos) em que ocupa o cargo nunca realizou qualquer ato sem o conhecimento e aceitação de seus supervisores.
O médico que atuava no STF, ainda ressaltou que sempre respeitou a hierarquia administrativa do STF e disse que se manterá firme na luta pelo bem-estar e pela saúde das pessoas.