Embora tenha conquistado uma legião de fãs pelo mundo, "Coringa", o longa-metragem dirigido por Todd Phillips, dificilmente irá ganhar o Oscar na categoria Melhor filme. Esta ao menos é a aposta do colunista Roberto Sadovski, do portal UOL. O jornalista acredita que, no máximo, o filme irá dar uma estatueta para Joaquin Phoenix, mesmo assim, Sadovski não acredite muito nisso, por causa da interpretação de Adam Driver em "História de Um Casamento". A única estatueta que "Coringa" pode levar, segundo Sadovski, é na categoria trilha sonora, para Hildur Guðnadóttir.

Peças do xadrez

No tabuleiro das premiações, Roberto Sadovski aposta que "Era Uma Vez... em Hollywood" e "Parasita" serão as produções que ganharão o maior número de estatuetas. E mesmo assim, ele ressalta que o Oscar geralmente apresenta alguma surpresa de última hora ao premiar alguma produção medíocre, ele cita como exemplos: "Green Book", "Shakespeare Apaixonado" e "O Discurso do Rei".

Matemática

Sadovski explica todos os seus cálculos. Segundo ele, as premiações dos críticos, reconhecimento em festivais e até mesmo o barulho feito no Globo de Ouro, não são parâmetros para o Oscar. Ele afirma que as listas e prêmios servem para chamar a atenção para filmes que talvez não entrassem no radar dos membros da Academia.

Até mesmo as indicações para o BAFTA, que possuem membros que repetem os votos na Academia, não pode ser considerado um quadro preciso.

Para um filme ter uma esperança mínima de abocanhar o Oscar principal, é preciso ter o aval das guildas, as associações de produtores, diretores e atores, que no final das contas determinam os indicados para a categoria Melhor filme, explica Sadoviski.

Em 2020, os quatro filmes que foram reconhecidos pelos seus pares nas três guildas são: "Jojo Rabbit", "O Irlandês", "Era Uma Vez... em Hollywood" e "Parasita". Por sua vez, os indicados à Producer´s Guild, "História de Um Casamento", "Adoráveis Mulheres", "Ford vs Ferrari", "Entre Facas e Segredos" e "Coringa" , não repetiram o aval em outras associações.

Sadovski explica porque o filme a ser batido este ano é o longa de Quentin Tarantino. Ele afirma que em 2019 não houve nenhum filme que foi tão aplaudido quanto "Era Uma Vez... em Hollywood". Ele afirma que os atores, cineastas e todos os profissionais da indústria cinematográfica, eletricistas, carpinteiros, maquiadores, chegando até os executivos de Hollywood, todos adoram esta produção.

E ainda tem o público que amou a produção que atingiu a bilheteria global de US$ 370 milhões. Ele ainda ressalta que a produção tem conexão direta com Los Angeles, a capital americana do Cinema, em que ego é quase um requisito obrigatório para quem trabalha nesta indústria.