Um dos maiores espetáculos da Terra, o famoso Cirque du Soleil Entertainment Group, também conhecido por Cirque du Soleil, entrou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado para tentar evitar a falência.

Por conta de se tratar de uma empresa com gastos fixos altos e estar praticamente sem gerar receita há mais de um ano, por conta da proibição de eventos com aglomerações durante a pandemia do coronavírus, a companhia foi obrigada a cortar mais de 95% de sua equipe, entre artistas e equipe operacional, o que representa mais de 4.000 pessoas.

Em novembro de 2020, a empresa anunciou que havia conseguido sair da recuperação judicial. Na ocasião, a companhia circense canadense acabou por fechar um acordo com um grupo de credores, liderado pelo Catalyst Capital Group. Como parte das mudanças no contole do grupo, foram anunciadas as nomeações de Jim Murren e Gabriel de Alba como co-presidentes da Cirque du Soleil Entertainment Group.

Equipe reduzida e expectativa de retorno

Agora com uma equipe reduzida, a companhia já está trabalhando para retomar as atividades. O atual CEO da epresa, Daniel Leamarre, afirmou na última quarta-feira (21), em entrevista à emissora americana ABC, que pretende voltar com os espetáculos já no próximo verão no hemisfério norte.

Inicialmente, as apresentações dos espetáculos “Mystère” e “O” deverão ser retomadas em Las Vegas a partir de 28 de junho e em 1º de julho, respectivamente. O Cirque du Soleil também tem planos de retomar o espetáculo “Kooza”, em Punta Cana, na República Dominicana, em 25 de novembro, e “Luzia”, em Londres, em 12 de janeiro de 2022.

Um pouco da história do Cirque du Soleil

Mundialmente conhecido, o Cirque du Soleil foi fundado em 1984 pelos artistas de rua Guy Laliberté e Daniel Gauthie.

Seu grande diferencial nos espetáculos são a inovação nos números e cenários, além da perfeição na execução dos atos pelos artistas de alto nível.

Os figurinos belíssimos e a música ao vivo que acompanha as apresentações dão o brilho extra para completar o pacote.

O circo em números

No período de 1990 a 2000, o Cirque du Soleil cresceu tanto que passou de 73 colaboradores para o estrondoso número de 3.500. O faturamento anual da companhia girava em torno dos US$ 800 milhões. No ano passado, após cancelar 44 espeetaculos por conta da pandemia, as dívidas da companhia circense de Montreal alcançavam, segundo estimativas, US$ 1 bilhão.