"Orgulho e Preconceito" é um clássico da escritora inglesa Jane Austen. Resumidamente, com relação às suas origens, sabemos que o berço de onde o seu talento surgiu para o mundo foi a Inglaterra da virada do século 18 para o 19. Aquele foi um período em que o país vivia suas últimas ameaças absolutistas e via a consolidação do parlamentarismo como um sistema político eleito pelo povo e que melhor respondia às suas necessidades.

Apesar dos inúmeros conflitos, intrigas, traições e disputa por poder que o caracterizavam, o governo de Jorge III até que se mostrou suficientemente capaz de guiar a nação inglesa em plena era da Revolução Industrial.

Em suma, este foi um evento que, apesar de configurar-se como o divisor de águas dessa relação do homem com os bens de consumo, mostrou-se como um verdadeiro manancial de mazelas e contradições. Com efeito, apesar da imensa riqueza que enchia os cofres do governo, o que se via do lado dos trabalhadores era toda sorte de degradações e precariedades, como as péssimas condições de moradia, exposição à terrível poluição das fábricas, entre outras chagas sociais.

'Orgulho e Preconceito' na aristocracia rural inglesa do século 19

De fato, "Orgulho e Preconceito" é um clássico da Literatura inglesa que retrata a realidade da aristocracia rural do país lá pelo início do século 19. Nele, o leitor irá enveredar-se por uma série de tramas, que têm como pano de fundo o dinheiro e o poder conquistados com a ajuda de generosas doses de hipocrisia, orgulho e preconceito.

A autora, Jane Austen, nasceu em 16 de dezembro de 1775, no condado de Hampshire, na Inglaterra. Ela era filha de um clérigo e de uma dona de casa e tinha as suas raízes ligadas à antiga aristocracia rural inglesa.

Resumidamente, no livro a autora relata a história de uma família humilde composta por mulher, marido e cinco filhas.

Uma delas, Elizabeth Bennet (Lizzie, a protagonista), é uma jovem de personalidade forte, orgulhosa e bastante à frente do seu tempo.

Em suma, o enredo do livro começa a se revelar quando chegam à cidade dois cavalheiros, Mr. Bingley e Mr. Darcy. O primeiro apaixona-se por uma das irmãs, Jane Bennet, o que, de imediato, provoca a fúria da irmã de Bingley, devido ao fato de ser ela uma jovem de condição humilde.

Enquanto isso, o segundo, Mr. Darcy, passa a viver uma tensa relação de amor e ódio com Elizabeth, em um par romântico que expressaria toda a essência da narrativa proposta por Jane.

'Orgulho e Preconceito' numa comunidade rural da Inglaterra

Verdadeiramente, essa uma das obras mais comentadas e estudadas da inglesa Jane Austen, pois é brilhantemente construída de forma a denunciar toda sordidez e hipocrisia que eram como a essência da sociedade inglesa nos tempos da autora, recheada de hipocrisia e o preconceito, em especial no que dizia respeito aos acordos de casamentos, para os quais a posição e o dinheiro dos envolvidos falavam mais alto do que os seus sentimentos.

Logo, foi com base nessa temática que o livro foi todo construído, o que tornou-se bastante evidente no desenrolar da relação entre Elizabeth e Mr.

Darcy –que é onde ser revela toda a riqueza e expressividade da narrativa. Isso porque o cavalheiro não sabia que teria como principal adversário o orgulho da jovem diante de toda a hipocrisia e preconceito que emolduravam a sociedade daquele período, além de um temperamento que a fez odiá-lo de forma contundente antes que o amor pudesse surgir.

Devido ao talento de Jane Austen para compor personagens verdadeiramente inesquecíveis, bem como pela sua capacidade de traçar um quadro vivo da sociedade do seu tempo como poucas escritoras inglesas foram capazes de fazer, "Orgulho o e Preconceito" segue como sucesso de vendas nos quatro cantos do mundo e como um dos maiores best-sellers na categoria romances da literatura mundial.