Estreou no catálogo da Netflix na última quarta-feira (26) o filme “O Enfermeiro da Noite” (The Good Nurse). Mais uma das produções da gigante do streaming na categoria true crime. O filme de Tobias Lindholm (A Caça) se junta às minisséries “Dahmer: O Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança”. O filme foi baseado no livro “The Good Nurse: A True Story of Medicine, Madness, and Murder” escrito em 2013 pelo jornalista estadunidense Charles Graeber, ainda sem uma edição no Brasil.
O filme estava em desenvolvimento desde 2016, com Tobias Lindholm como diretor e Krysty Wilson-Cairns (1917), Eddie Redmayne e Jessica Chastain, desde 2020, já estavam cotados para protagonizarem o longa. No ano seguinte, Nnamdi Asomugha, Noah Emmerich e Kim Dickens se juntaram ao elenco.
A trama
O longa-metragem conta a história real do enfermeiro Charles Cullen (Redmayne), um serial killer que foi condenado por matar pacientes ao injetar overdoses de medicamentos nas vítimas. O filme é ambientado em New Jersey, em 2003 e mostra Amy Loughren (Chastain) uma enfermeira sobrecarregada e mãe solteira, que ainda tem que lidar com um sério problema de saúde.
A vida da protagonista parece que vai ser facilitada com a chegada de um novo enfermeiro ao hospital. Com a chegada de Charlie Cullen, seu trabalho fica mais fácil e eles desenvolvem um forte vínculo de amizade e o novo profissional além de dividir o trabalho no hospital, também a ajuda a cuidar das duas filhas de Amy.
Porém, os detetives da polícia Tim Braun (Emmerich) e Danny Baldwin (Asomugha), são chamados pelo próprio hospital onde estão ocorrendo estranhas mortes para investigar o caso, mas na verdade se trata apenas de uma investigação de fachada, pois todas as unidades hospitalares pelas quais Cullen havia passado haviam suspeitado do enfermeiro, mas quiseram encobrir o caso. Foi somente pela insistência dos policiais e com a ajuda de Amy Loughren que finalmente Charles Cullen foi preso.
Tobias Lindholm conduz a trama de maneira sóbria, apesar de se basear em uma história real, o diretor deu a impressão de não querer cair na tentação de dar um ar documental à obra, a produção alterna entre drama e investigação policial, e até mesmo pela natureza dos assassinatos cometidos pelo serial killer, não são vistas cenas que pudessem aproximar o filme do gore, como em obras similares.
Destaques
A direção segura de Tobias Lindholm consegue dar destaque a Jessica Chastain com sua sofrida personagem, mérito também para a atriz e para Eddie Redmayne, o ator ganhador do Oscar pelo filme “A Teoria de Tudo” desta vez apresenta uma interpretação discreta, porém impactante.