A pintura corporal é uma arte que pode alcançar resultados surpreendentes. Basta imaginar, por exemplo, o alvoroço que uma mulher nua da cintura para baixo causaria andando despreocupadamente pelas ruas de uma grande cidade. No entanto, o grupo artístico The Body of Art, cujo nome significa "o corpo da arte", pediu à modelo Leah Jung para passear pelas movimentadas ruas da metrópole de Nova Iorque com calças pintadas em sua pele em vez de calças de verdade.

Entre outras atividades, Jung usou o metrô, foi ao McDonald's e flanou pela famosa Times Square sem repercussão alguma.

Também foi a uma loja da famosa cadeia de roupas femininas Forever 21 e perguntou a um dos funcionários onde poderia comprar jeans como os que ela estava usando. O empregado deu olhadinha para as “calças” dela e respondeu que ela talvez achasse aquele modelo no andar de baixo do estabelecimento. Não que a peça estranha desfilada por Jung tenha passado totalmente despercebida. Enquanto ela colocava créditos em seu cartão do metrô, um homem aproveitou para tirar uma foto dela pelas costas (quando se deu conta do que ele tinha feito, ela caiu na gargalhada); já uma família que estava usando uma máquina ao lado da modelo não deu o menor sinal de perceber algo estranho.

O vídeo do experimento artístico de The Body of Art teve quase um milhão de visualizações já no primeiro dia.

Outro exemplo do poder desta pouco conhecida arte veio de Jörg Düsterwald, um artista da cidade de Hamelin (sim, a mesma onde atuou o flautista do famoso conto dos irmãos Grimm) que se dedica à pintura corporal há duas décadas, fazendo trabalhos para campanhas publicitárias, eventos corporativos e outros propósitos. Uma das obras concebidas pelo alemão virou fenômeno nas redes sociais, viralizando rapidamente.

Trata-se de uma espécie de camuflagem. Depois que Düsterwald e seus colaboradores pintaram o corpo de uma mulher, ele pediu aos internautas que descobrissem em uma foto onde estava a moça nua. O modo como ela se confundiu com o ambiente em volta é realmente impressionante e testou os olhos e a atenção daqueles que responderam ao desafio do alemão.

Além deste trabalho, Düsterwald já pintou modelos para que se confundissem com paredes de pedra, muros de tijolos, garagens e portões de aço e outros ambientes.