Apesar da imprensa brasileira ignorar ocorrências de fenômenos extraterrestres, no decorrer das décadas as Forças Armadas pesquisaram diversas situações relacionadas ao assunto.

Agora, um episódio ocorrido em 1968, no município de Lins, São Paulo, volta a repercutir entre ufólogos brasileiros, após os profissionais do Brazilian UFO Research Network (BURN), Josef Prado e Edison Boaventura Jr, divulgarem o áudio inédito da principal testemunha do evento, Maria José Cintra, já falecida.

Apesar de antigo, o incidente, estudado e catalogado pela Força Aérea Brasileira (FAB) ainda é considerado um dos mais emblemáticos da casuística ufológica nacional.

Antes de detalhar a história de Maria José, que teve um suposto contato com um ser extraterrestre quando trabalhava no hospital Clemente Ferreira, que abrigava leprosos na época, e hoje é usado no tratamento de doentes com transtornos psiquiátricos, vamos ressaltar o dia anterior ao acontecimento.

Conforme os ufólogos Boaventura e Prado, na madrugada de 24 de agosto, o médico de plantão e diversos funcionários observaram por vários minutos uma estranha esfera luminosa.

Contudo, o fenômeno não parou por aí. No dia seguinte, 25, por volta das 4h30 da manhã, Maria José, que trabalhava de servente e morava no Clemente Ferreira, teve uma experiência que mudou profundamente suas crenças.

Enquanto fazia orações em seu quarto com um terço nas mãos - costume repetido todos os dias no mesmo horário -, disse ouvir um estranho barulho na parte externa do ambiente.

Intrigada com o incomum movimento àquela hora da manhã, Maria abriu a persiana e viu uma mulher, que ela descreveu como tendo por volta dos 30 anos, pele clara e estatura média, que estava no pátio sem se mover.

Pensando se tratar de um doente, ela desceu as escadas, abriu a porta e perguntou à misteriosa mulher, que vestia uma capa que cobria a cabeça e usava um cinto cor de chumbo, se ela estava ali para internação.

Maria ainda contou que a pessoa tentou se comunicar, mas não pelo nosso idioma ou outro conhecido. “A mulher enrolou a língua e não entendi nada”, confidenciou na época.

Porém, logo depois, a estranha visitante lhe deu uma garrafa com características peculiares, avaliada pela servente como sendo “toda brilhante e trabalhada”.

Suspeitando que a desconhecida queria água, ambas foram ao bebedouro no saguão.

Todavia, a cena ficou ainda mais confusa quando chegaram ao local e a visitante do "outro mundo", de repente, estava com uma caneca na mão, que até aquele instante não tinha sido percebida pela anfitriã.

“Ela tirou, não sei de onde, uma canequinha, encheu de água e bebeu. Depois, ficou observando os carros do administrador e do médico de plantão, que costumavam ficar estacionados na entrada”, contou (veja foto real de Maria e outra pessoa no papel da “alienígena”).

Ao caminharem em direção ao pátio, ainda no corredor, a funcionária salientou que a mulher lhe dava tapinhas nos ombros e ao mesmo tempo dizia uma palavra até hoje incompreendida: “embaúra, embaúra".

Para ver documentos originais da FAB sobre o caso, acesse:

http://www.fenomenum.com.br/ufo/casuistica/1960/Caso%20006/Caso%20SIOANI%20006%20Colorido%20ORIGINAL.pdf

DIRETO PARA O DISCO VOADOR

De acordo com a testemunha, ao invés dela sair do corredor para o pátio, a estranha se esgueirou pelo canteiro, como se não quisesse ser percebida por outros indivíduos.

Ao observar o incomum comportamento, Maria notou a presença de um aparelho flutuando no chão, que ela descreveu como tendo forma de pera.

A servente também destacou que havia uma pessoa dentro da bizarra nave, que ajudou a “alienígena” a entrar por meio de uma abertura.

“O objeto fez um zumbido e decolou na vertical“, disse (imagem do pretenso UFO desenhado pela Força Aérea).

Naquele momento, ao visualizar uma cena totalmente “além da imaginação”, Maria entrou em pânico e urinou de medo.

“Quando cheguei na porta e vi o aparelho desaparecer, comecei a gritar desesperada. Fiz um barulhão que quase todo mundo acordou, comecei a chorar e a fazer xixi na escadaria! Fui para o meu quarto toda molhada, fiquei rezando na cama. Estava estarrecida com o que me ocorrera”, revelou.

Os ufólogos da rede BURN ainda acentuam o interesse da FAB pelo caso, ao ressaltarem que os oficiais recolheram amostras do local onde o ovni aterrizou (imagem original de Maria e de um investigador da FAB).

Para ouvir o áudio de Maria José, nunca antes revelado à imprensa, com exceção de uma única vez em uma rádio nos anos 80, veja o vídeo abaixo.