A depressão é muito mais grave do que parece. O controle prejudicial e poder de destruição que esta doença tem sob os jovens muitas vezes passa despercebida e estigmatiza sob o conceito de "adolescente rebelde" ou "quero chamar a atenção". O caso dessa jovem é um deles, que serve para mexer com a consciência.

Para poder iniciar o ano escolar, a menina foi ao cabeleireiro para fazer um corte de cabelo urgente e deixar da melhor forma possível as fotografias que a escola pediu. Depois de sofrer uma depressão profunda e sentir que sua vida não tinha valor, simplesmente parou de cuidar do cabelo.

Parou de fazer penteados. O abandono era tão extremo que já nem sequer tocava nele. A ausência de escovação e higiene formou nós e teias de aranha, sem começo nem fim, quase impossível de desaparecer, a menos que o cabelo fosse raspado. E foi o que ela pediu a cabeleireira: cabeça raspada.

A aprendiz de cabeleireiro Kayley Olsson, de Waterloo, no estado americano de Iowa, poderia simplesmente seguir o que o cliente que pediu, mas, comovida com a história, ela propôs uma escolha melhor: salvar o cabelo.

A jovem contou que chegou um ponto em que ela se sentia tão inútil que não estava com disposição para escovar o cabelo. Por causa de um pedido da escola, ela teria que tirar novas fotos para a matrícula.

Mas, segundo Kayley Olsson, aquela história triste cortou seu coração. Ela sabia que não seria fácil, mas depois de ouvir as palavras tristes da menina e ver a bagunça que havia se tornado sua vida por causa da depressão, decidiu investir 13 horas de sua jornada de trabalho para reconstruir a autoestima da menina.

Quando finalmente Kayley Olsson terminou seu trabalho e a menina olhou para o resultado, ela sentiu sua confiança e segurança voltar, como se tivesse nascido de novo.

Uma lágrima correu pelo seu rosto e agradeceu Kayley por acreditar em seu cabelo, na sua beleza e nela mesma.

"A Saúde mental é importante. Há pessoas doentes em todo o mundo, de todas as idades, os pais devem levar a sério. Uma criança nunca deve se sentir incapaz de escovar seu próprio cabelo.

Hoje a menina finalmente sorriu e novamente sentiu que sua vida vale a pena", disse Kayley Olsson.

A aprendiz de cabeleireiro relatou o caso em um post no Facebook que, desde então, já foi compartilhado quase 70 mil vezes. Kayley recebeu ajuda de sua colega Mariah Wenger, que entenderam que atender ao pedido da cliente naquele momento seria fazer a coisa errada.