Lúcio Aneu Sêneca ou simplesmente Sêneca foi um dos maiores escritores, advogados e intelectuais durante o Império Romano e certa vez escreveu que “uma Mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”.
Remontando as palavras do velho mestre Sêneca, é um fato que as mulheres no mundo antigo começaram a ser notadas nos anos dourados do Mundo Helenístico, cujos diversos cidadãos gregos influenciaram a forma de pensar da humanidade na época.
Por exemplo, na Grécia Antiga as mulheres recebiam educação secular e não lidavam somente com as situações domésticas, mas também participavam em eventos sociais. Tanto é assim, que mulheres de famílias aristocráticas, faziam parte das celebrações religiosas públicas e compareciam nas apresentações teatrais de atores homens somente.
Por outro lado, as mulheres das famílias mais pobres trabalhavam frequentemente como empregadas domésticas, isto é, nesse aspecto de lá para cá, não mudou muita coisa.
As mulheres gregas comumente praticavam a depilação e se banhavam com perfumes a fim de ter uma aparência desejável. No que diz respeito aos perfumes, esses eram feitos a base de óleo ou creme, acondicionados em frascos estreitos e borrifados com o uso de alguma ferramenta.
Frascos de perfume na forma de um pássaro foram os primeiros cosméticos conhecidos, guardados em embalagens descartáveis.
No Museu Arqueológico de Thessaloniki (Tessalônica em português) há ainda milênios depois dessa época áurea, exemplares de perfumes feitos das raízes, flores e folhas de várias ervas, devidamente mantidos em recipientes especiais com o “pescoço” estreito para não evaporar.
Enfim os frascos de perfume foram feitos e selados de modo que era necessário quebrar a borda para poder os usar, sendo as embalagens fabricadas no norte da Itália.
No mesmo Museu Arqueológico de Thessaloniki há também pequenas pinças, as quais são consideradas precursoras das atuais para a remoção de pêlos desnecessários das sobrancelhas ou melhorar a estética das mesmas.
As mulheres gregas faziam questão de passarem óleos aromáticos nos seus corpos. Limpavam a pele das pernas e dos corpos em geral do suor, poeira e areia com espécies de raspadores especiais de metal, peças essas que foram encontradas pelos pesquisadores e arqueólogos como oferendas em alguns túmulos.
Os cosméticos femininos eram muito feitos a base de chumbo branco, mantidos em recipientes especiais com tampas próprias para a sua conservação. As representantes do sexo feminino se utilizavam de espátulas e colheres para misturar e aplicar os cremes na pele.
Quanto aos espelhos esses geralmente eram feitos do bronze, com superfície altamente lustrada e os pentes eram fabricados da madeira e marfim.