As histórias, estórias e Mitologia grega conseguem até os dias contemporâneos exercer uma alta dose de interesse em milhões de pessoas nos quatro cantos do globo acerca desse pequeno país do Sudeste da Europa, que é a Grécia.

Um exemplo clássico do poder de atração dessas narrativas que atravessaram gerações é o "mito de Pandora", que ao ter o seu nome próprio traduzido, pode significar como a mulher que é possuidora de todos os dons ou ainda, aquela que é resultado do “dom de todos os deuses" do Olimpo.

Diz a lenda que Pandora foi a 1ª mulher a ter sido criada diretamente pelo poderoso Zeus Dias como uma forma de punir a humanidade pela desplante do titã Prometeu, quando esse roubou o segredo do fogo dos céus e o entregou aos homens.

Origem de Pandora

Filha primogênita de Zeus, Pandora quando tinha somente 9 anos, ganhou do seu pai, o colar anteriormente usado por Prometeu, o qual lhe foi tomado como punição pelo titã ter roubado o fogo divino.

Na sequência a garota guardou o colar em uma espécie de caixa ou vaso, ou seja, o mesmo recipiente em que ela depositou a sua mente e também as lembranças do tempo que passou com o seu 1.º namorado Narciso.

O vasilhame tinha a função de acondicionar vários tipos de bens, à exceção daqueles de cunho material; daí ter colocado o colar na caixa, levou a auto-destruição do mesmo, uma vez que era um bem material.

O apego afetivo de Pandora pela destruição do colar, fez com que a garota chorasse por muito tempo.

A caixa sem o colar fazia com Pandora se sentisse sempre triste ao ponto dela tentar destruir a jarra; porém, sem êxito, já que o recipiente era protegido por um enorme feitiço.

Diante de tal realidade obscura, Pandora não aguentou tanta melancolia e depressão, se matando quando tinha 36 anos de idade.

“Caixa de Pandora”

A expressão acima passou a ser usada quando se quer fazer referência a algo que gere curiosidade, mas que deveria não ser pesquisado ou revelado, já que poderia acabar funcionando como um agente provocador de uma terrível catástrofe sem controle.

Na realidade Pandora se tornou um presente de Zeus a Epimeteu, irmão do titã Prometeu, indo ao encontro do primeiro.

Vale lembrar que antes mesmo da condenação de Prometeu de permanecer 30.000 anos preso com correntes no Monte Cáucaso, onde seu fígado era devorado diariamente pelo, o titã tinha alertado ao irmão, de que esse jamais deveria aceitar presentes da parte de Zeus.

Entretanto, Epimeteu ignorou o irmão e acabou aceitando o presente de Zeus e se casou com Pandora, que levou consigo a sua caixa, jarra ou ânfora (varia conforme a tradução).

O final desse é de conhecimento geral, já que a caixa foi aberta, liberando uma série de males sobre a humanidade, tais como: o trabalho, a velhice, a doença, a mentira, a loucura. Ainda bem que no fundo da caixa estava a Esperança, que de acordo com determinadas interpretações poderia ser a Credulidade ou Crença irracional dos homens.

Por exemplo, na obra literária “Ilíada” do historiador grego Homero, esse disse que na mansão de Zeus Dias, existiam duas jarras, uma contendo bens e outros males. Na “Teogonia” de Hesíodo; porém, esse detalhe não é mencionado, mas o autor se fixa na questão de que se a mulher não existisse, a vida do homem se tornaria impraticável.

Daí Hesído ter descrito Pandora como uma espécie de "mal belo".

O mito de Pandora tem alguma semelhança com a saída de Adão e Eva do paraíso, conforme descrito no livro bíblico de Gênesis. Em ambas as narrativas, Eva e Pandora foram avisadas por Deus e Epimeteu respectivamente, de que não poderiam cometer erros ou desvios, como abrir a caixa ou comer do fruto proibido.