Houve uma época, antes das urnas eletrônicas, em que o voto era em cédulas de papel e o eleitor podia votar em quem quisesse, mesmo que seu "candidato" não estivesse oficialmente concorrendo às eleições. Muitos, descontentes com as opções oferecidas, simplesmente escreviam um nome de um personagem de desenho animado, por exemplo, com um quadradinho ao lado, e marcava-o como seu candidato. Óbvio que esse voto era anulado da mesma forma que se anula um voto, na urna eletrônica, quando o eleitor digita um número de candidato inexistente e confirma.
O assunto pode parecer engraçado ou sem graça nenhuma, dependendo do ponto de vista e de humor de cada um. A verdade é que muitos animais, entre eles, cães, gatos, bodes, etc, já foram lançados candidatos. Alguns, registrados em cartório e outros, apenas extra oficialmente. Alguns, chegaram a vencer as eleições. Na maioria das vezes, essas candidaturas são uma forma de protesto contra as administrações então vigentes mas há, também, os cargos honorários e honrosos. Há quem aprove as candidaturas, dizendo que esses são confiáveis. Também, há os que acham que o assunto é sério e não deveria ser levado na brincadeira. Como em tudo na vida, há os contrários e os favoráveis.
Finn - candidato a prefeito
Na cidade de St. John's, um cão chamado Finn, foi lançado candidato a prefeito, há alguns anos. O nome dele, na verdade, não constaria na cédula mas o patudo ficou famoso através dos vídeos de campanha que tem o intuito de chamar a atenção para problemas como buracos nas calçadas e limpeza da neve.
Stan, em Halifax
Também no Canadá, cidade de Halifax, um gato foi lançado candidato a prefeito, não oficialmente, mas na Internet, e o felino obteve muita fama. Sua candidatura também, ao que parece, tem um revés social pelo bem estar felino. Infelizmente, Stan morreu, vítima de câncer.
Ioiô, candidato a vereador
No Brasil, o bode Ioiô foi candidato a verdeador por Fortaleza. Esse é um que foi eleito, em 1922, prova que animais candidatos não é nada recente. O bode era famoso na cidade, tanto que tinha trânsito livre e entrava nos estabelecimentos comerciais sem ser incomodado nem mesmo pelos fiscais da Intendência. A sua eleição teve um viés de protesto. Claro que ele não assumiu uma cadeira na Câmara mas virou tema até de livros e também de carnaval. Ioiô viveu até o ano de 1931.
Bode 90 - Candidato a prefeito
Também no Ceará mas, bem mais recente, o Bode 90 foi candidato a prefeito pela cidade de Jati. Esse também não era candidato cadastrado no TRE mas foi um candidato popularmente oficial, escolhido pela população cansada da atual política e tendo apenas uma candidata que era a atual prefeita, na época. Obviamente, o bode não assumiria o cargo, caso ganhasse.
Duke, o cão prefeito
Esse é dos Estados Unidos, da pequena cidade de Cormorant, no estado de Minnesota e, dessa vez, é oficial. Mas não é o cargo principal de prefeito, claro. Trata-se de um cargo como prefeito honorário, cuja eleição acontece em uma festa anual. Duke foi eleito por quatro vezes, até que seus donos resolveram aposentá-lo da política. Os "eleitores" pagam 1 dólar para participar da eleição anual.
