A bolsa de valores do Brasil chegou a cair mais de 40% durante o período compreendido entre Janeiro de 2010 e Janeiro de 2016. Desde então, até março deste ano (2018) já subiu algo em torno de 120%. É bem provável que suba ainda mais nos próximos meses. Confira abaixo três razões que nos levam a crer que a bolsa vá subir:

Baixa inflação e queda dos juros

A inflação na casa dos 3,5%, e os juros baixos, CDI de aproximadamente 6,4%, permitiu que as empresas passassem a pagar juros menores em relação às suas dívidas o que, automaticamente, reduz suas despesas e aumenta as margens de lucro.

Esta condição facilita a obtenção de novos empréstimos destinados a investimentos que ampliem seu faturamento.

Por outro lado, os juros baixos desestimulam as pessoas a investir em renda fixa. Os investimentos de risco passam a ser bem mais atrativos por oferecerem retornos bem maiores. Com o crescimento do número de pessoas investindo em ações, mais dinheiro é injetado na Bolsa e consequentemente, verifica-se a elevação da cotação de grande parte das empresas.

Eleições em 2018

O ano de eleições no Brasil é um importante fator a se ter em conta, para quem investe em ações. Muitos investidores, especialmente os menos cautelosos, se deixam dominar pelo “medo” ou pela “euforia”. Os investidores e as empresas tendem a preferir presidentes mais moderados, ou seja, com posicionamentos mais previsíveis.

Um governo estável permite que as empresas planejem seus investimentos e assegurem suas receitas e lucros com maior tranquilidade.

Se for eleito um candidato que transmita a ideia de equilíbrio e bom senso, a perspectiva de um governo sem grandes turbulências gera considerável segurança para que os investidores, otimistas, acreditem que os juros e a inflação se manterão baixos e concentrem seus investimentos na Bolsa, fazendo com que esta suba mais em 2018.

Por outro lado, se eleito um candidato mais radical e imprevisível, a possibilidade de aumento da tributação, alta de juros e da inflação desencadeará desconfiança na economia brasileira e, os investidores, com receio do prejuízo, farão opção por investimentos mais seguros, o que desencadearia uma significativa queda da bolsa.

Queda do Bitcoin

Em 3 meses (desde o final de dezembro de 2017 até o final de março deste ano), o Bitcoincaiu mais de 50%. Neste período, notícias que comprometiam negativamente a imagem desta moeda digital provocaram sua desvalorização. O número de pessoas querendo as vender superou o daqueles que desejavam comprá-la, impactando diretamente na redução do seu valor.

Os investidores ou especuladores passam a considerar novamente a bolsa como foco de seus investimentos. O aumento de capital alocado em ações desencadeia a elevação do preço destas. Com a queda do Bitcoin os especuladores terão de procurar outro ativo para investir, sendo assim com a alta da Bolsa é mais natural que esses especuladores entrem no mercado de ações em força com mais capital aumentando o preço das ações.

Não podemos desconsiderar que o tanto o cenário político brasileiro quanto o mundial são dinâmicos. Muita água ainda vai passar por baixo da ponte. No entanto, diante das circunstâncias atuais, a perspectiva de alta da Bolsa em 2018 é bastante considerável.