Neste domingo (29), o ministro da economia, Paulo Guedes, acredita que o Brasil voltará a crescer num período de cinco meses, assim que o país superar a crise provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19). Ainda, segundo o ministro, será necessário um período de três meses de isolamento social em todo o País para atender exclusivamente a área da Saúde durante os picos de contaminação pelo novo coronavírus.

De acordo com Guedes, o Brasil irá se recuperar antes que outros países e garante que o Governo irá fazer com que o dinheiro chegue às prefeituras.

Guedes defendeu o aumento dos repasses para o municípios, contudo informou que há dificuldades para fazê-lo, pois o Brasil se encontra numa situação em que a maioria do dinheiro esteja carimbado, ou seja, bloqueados em fundos. Na videoconferência promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o ministro da economia informou que 96% dos recursos estão nessa situação.

Defesa do pacto federativo

Para Guedes é preciso defender o pacto federativo, onde cada município possa escolher sobre o uso dos recursos. ‘O dinheiro tem que estar livre para que o prefeito decida sobre a melhor forma para usar'. Guedes informou que o governo necessita de apoio jurídico para fazer as mudanças necessárias na legislação diante do quadro emergencial em que vive o país.

Assim, solicitou que seja suspenso o pagamento da dívida previdenciária nos municípios, a fim de, decretar uma cláusula de calamidade pública, de modo que, esse dinheiro fique diretamente na ponta.

Guedes acredita que o ideal seria que nenhum recurso fosse enviado para Brasília, mas que fosse usado no combate ao coronavírus que se espalha nas cidades brasileiras.

Contudo, precisa de “aprovação de ações extraordinárias”. Caso o governo tomasse a medida sem a aprovação, certamente todos estaria condenados a ‘cadeia’, justificou Paulo Guedes.

O dilema das empresas

A crise do coronavírus tem provocado restrições as atividades econômicas no país, estima-se que a crise pode dar um prejuízo de 320 bilhões.

Segundo a Fenafisco, o choque de tributação nas altas rendas, bem como nos patrimônios é uma proposta viável.

Com a dureza das novas ações para conter a pandemia do coronavírus no Brasil, alguns empresários decidiram se manifestar de forma incisiva contra as medidas de quarentena e isolamento social que estão sendo adotadas em alguns estados e cidades brasileiras. O grupo de empresários critica o fechamento do comércio, devido ao dano na economia brasileira é maior que o que esta acontecendo na saúde pública.

Bolsonaro critica isolamento social

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em rede nacional que o Brasil não pode parar e criticou o fechamento do comércio e das escolas na última terça-feira (24), em seguida classificou como histérica a reação do brasileiro, devido a incentivos da imprensa midiática sobre o coronavírus. Na ocasião, o presidente pediu o fim do isolamento social e a volta a ‘normalidade’.