Nesta terça-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou dados sobre o desemprego no Brasil e constatou que durante o primeiro trimestre, que finalizou em fevereiro, houve um aumento de 11,6%. De acordo com as informações, o desemprego estava crescendo no país antes mesmo que a pandemia do novo coronavírus se espalhasse pelo Brasil.

O histórico da entrada do Covid-19 no país relata o primeiro caso no dia 26 de fevereiro deste ano de 2020. O segundo caso foi registrado no dia 29, quando se encerrou o trimestre, no último dia de fevereiro.

Desde então, o surto da doença vem crescendo no país, até esta segunda (30) o Ministério da Saúde já havia contabilizado 4.579 novos casos confirmados com 159 óbitos por coronavírus (Covid-19).

O IBGE tem seguido as orientações de isolamento social do Ministério da Saúde para este momento de pandemia mundial e suas consultas para coleta de dados da PNAD Contínua tem sido feitas via telefone.

PNAD detecta aumento do desemprego no Brasil

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) mostrou que o desemprego em fevereiro atingiu 12 milhões de pessoas no país. O aumentou barrou dois trimestres que registraram quedas importantes para no desemprego. A queda no desemprego melhora a situação da economia do Brasil.

O instituto destacou que é normal que isso aconteça no início do ano já que o fim do ano passado já mostrava uma trajetória declinante.

Segundo a analista de pesquisa Adriana Beringuy, não houve previsão de que essa reversão ocorresse em janeiro, mas infelizmente chegou em fevereiro em consequência de uma queda na quantidade de pessoas trabalhando e no aumento da procura por trabalho e tende a intensificar com a propagação da pandemia pelo novo coronavírus.

Beringuy ainda afirmou que a queda foi provocada pelo crescimento no número de indivíduos ocupados, o que acabou impedindo a taxa de crescer na mesma proporção em comparação ao ano passado. Segundo a pesquisadora, houve um aumento na desocupação devido aos setores de construção, serviços domésticos e administração pública e descartou o comércio que tem o costume de demitir os temporários pós Natal.

Em relação aos trabalhadores informais, a taxa sofreu uma queda de 40,6% em comparação com o trimestre anterior que estava com 41,1%. Essa taxa representa um total de 38 milhões de pessoas que trabalham de modo informal no país. Entre eles estão os trabalhadores em carteira assinada incluindo domésticos, os empregadores em CNPJ, os trabalhadores familiares auxiliares e aqueles que trabalham por conta própria sem o registro no CNPJ.

A queda na taxa de trabalhadores informais refletiu de forma positiva para o aumento do rendimento subindo para R$ 2.375, seguindo uma alta de 1,8% quando comparado ao trimestre anterior. Esses dados não foram detectados nas PNADs anteriores já que a informalidade estava em crescimento; segundo a pesquisadora Beringuy as atividades formalizadas provocam melhores remunerações e contribui para o crescimento de setores importantes para o crescimento do país.