O novo coronavírus se disseminou pelo mundo inteiro, infectando milhões de pessoas devido à alta facilidade de contágio. Não diferente dos demais, o Brasil também sofre com a Covid-19, tendo, até o momento da produção desta matéria, 291.579 pessoas infectadas, resultando em quase 20 mil mortes em decorrência da doença.
Com o forte impacto no Brasil, o reflexo do vírus causador de grande preocupação pelo mundo ocorreu também na economia. Com grande parte de comércios fechados, ou funcionando com limitações, a renda do brasileiro e a arrecadação de impostos caíram, sendo necessárias medidas especiais do Governo para amenizar a crise.
O projeto de R$ 60 bilhões a estados e municípios
O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou nesta quinta-feira (21) que irá sancionar o projeto que libera R$ 60 bilhões, a serem distribuídos entre os estados e municípios, para ajudar a amenizar os impactos financeiros da Covid-19.
O anúncio foi realizado por meio de uma videoconferência, após uma reunião do presidente com os governadores dos estados do Brasil. Com duração de aproximadamente uma hora, o clima foi amistoso e aponta para uma possível trégua nos atritos que estavam acontecendo entre os governos estaduais com o presidente.
Davi Alcolumbre (DEM) e Rodrigo Maia (DEM), presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente, também marcaram presença na reunião, além de mais alguns parlamentares e ministros de Estado.
Cabe ressaltar que, algumas horas antes dessa reunião, Jair Bolsonaro teria tecido críticas a governadores estaduais, porém, não citando nenhum nome,. Com uma relação publicamente conturbada com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o tratamento entre os dois chamou a atenção pela cordialidade e o respeito na reunião.
Veto para aumento de salário dos servidores públicos
A pedido do Ministério da Economia e dos estados, o presidente deve vetar a possibilidade de aumento dos salários dos servidores públicos, devido à pandemia do novo coronavírus e o forte impacto causando na economia do país.
Bolsonaro se referiu à medida como uma "cota de sacrifício" que teria que ser realizada pelos servidores.
A equipe econômica do chefe do Executivo tem o pressionado e mostrado a importância desse veto, que se configuraria como uma medida essencial no contexto nacional atual.
"É impossível darmos qualquer aumento agora porque precisamos cuidar da população. Esse veto ao aumento é fundamental", disse Alcolumbre, autor e defensor do projeto que, ao que tudo indica, entrará em vigor nos próximos dias.