Nesta segunda-feira (27), o Estadão informou que o Banco Central estará lançando em novembro uma novidade que irá revolucionar a maneira como são feitas as transações financeiras e compras.
O novo serviço instantâneo de pagamento é intitulado PIX e permitirá aos brasileiros enviar e receber recursos financeiros em questão de segundos e sem cobranças pelo serviço disponibilizado. Isso porque atualmente as transferências são feitas via TED ou DOC e envolvem custos e limites no fornecimento do serviço.
No momento, a platarforma PIX está passando pelo processo de aprovação pelo Bacen.
Em transações TED o correntista pode pagar taxas que podem chegar a R$ 25. Esse valor é cobrado para que o destinatário receba a transação no mesmo dia e dentro do limite das 17h no período que vai de segunda a sexta-feira.
Já em transações DOC o limite máximo de transferência é de até R$ 4.999 e o valor só será processado na conta do destinatário no próximo dia útil.
PIX é a solução para quem precisa de facilidades na transação
A chegada do PIX tende a facilitar a vida dos clientes. Isso porque os mesmos poderão está realizando as transações imediatas em qualquer hora e dia da semana. Segundo o Banco Central o valor a ser pago pela instituição bancária que recebe os recursos é de uma taxa de R$ 0,01 para cada 10 operações.
A nova Tecnologia contará com o resumo dos dados do cliente em uma única chave de segurança de endereçamento. Assim, tanto facilitará o uso como denota mais segurança no serviço, de modo que, o cliente não necessitará estar informando o conjunto de dados solicitados como o código do banco, CPF e conta pedido na realização, por exemplo, de uma transferência.
Com a nova tecnologia o cliente passará o número do celular ou CPF e automaticamente na transação já estará todos os dados inclusos, segundo o especialista em meios de pagamento da Roland Berger, João Bragança.
O novo meio de lidar com as transações financeiras beneficiará os consumidores e lojistas que poderão estar agilizando o mercado a custos baixos e maior acesso de fintechs e as novas empresas graças a infraestrutura de liquidação de quitações disponibilizada pelo Banco Central (BC).
PIX poderá pagar compras através do QR Code
O CIO do Banco BS2, Fernando Radunz, informou que será possível pagar compras no comércio através do QR Code. Nesse sentido, o PIX poderá estar disputando espaço com o cartão de débito e o pagamento em espécie, ressaltou Radunz. O especialista ainda informou que abrirá uma plataforma para que pequenas e médias empresas possam estar utilizando o PIX.
Segundo Bragança, o sistema estará provocando uma queda de paradigma referente as transações financeiras futuras. Ele espera que haja um maior acesso e portabilidade que gere concorrência e competitividade entre os sistemas financeiros já existentes, a exemplo das contas digitais do Mercado Pago ou do PicPay.
Radunz informou que apesar da tecnologia ser oriunda do Banco Central, cada banco individual deverá criar sua plataforma.
Inloco irá aderir ao PIX
A startup Inloco, do Recife, opera com tecnologia de geolocalização e tem visto com bons olhos a iniciativa do Banco Central. Diante da novidade, a Inloco começa a se preparar com a biometria comportamental para receber a plataforma PIX.
De acordo com a tecnologia da Inloco, que trabalha com dados de localização de aparelhos do celular, o PIX será fundamental no suporte e manutenção dos objetivos da startup. Atualmente, a Inloco consegue traçar padrões comportamentais dos usuários, ou seja, são analisadas as pegadas digitais de cada consumidor verificando se os últimos locais visitados pelo usuário fazem parte de sua rotina.