A Tecnologia é atualmente o grande pilar da sociedade nesta abertura da terceira década do século 21. O mundo está cada vez mais tecnológico e muito menos analógico. Diversos setores da sociedade são movidos pela tecnologia e até mesmo serviços básicos do cotidiano, como a internet para assistir um filme ou a portaria eletrônica do prédio, exigem uma tecnologia de qualidade sendo aplicada.
A empresa NWI, empresa do ramo de tecnologia na linha de frente no mercado de Data Center, observa isso, principalmente, com a inserção massiva da tecnologia na vida das pessoas.
"A tecnologia da Informação cada dia mais se insere em todos os aspectos da sociedade", afirma Marcos André Chaves, CEO da NWI, em entrevista exclusiva à BlastingTalks.
O empresário ainda aponta um cenário que já era de crescimento, mas que foi acelerado pela pandemia do novo coronavírus. "O crescimento das demandas por videoconferência, educação a distância, trabalho remoto (home office), enfim, o 'novo normal', mostra uma tendência de consumo de tecnologia que irá se estabilizar, sem recuo, em um novo patamar, bem superior ao atual", destaca.
Com isso, a adoção tecnológica no cotidiano ganhou um salto significativo, o que exigiu, inclusive, investimento imediato. "O investimento em tecnologia e a adoção dela pela quase totalidade das empresas e entidades será o básico, e quem não estiver investindo hoje já está atrasado", finaliza.
Confira a entrevista na íntegra.
Blasting News: Primeiramente, você poderia explicar quais as áreas de atuação da NWI e qual a importância dos serviços de Tecnologia da Informação no mercado atual?
Marcos André Chaves: A NWI é especializada no fornecimento de soluções integradas nos segmentos de Telecom, TI, Monitoramento Inteligente e Data Center.
A tecnologia da Informação cada dia mais se insere em todos os aspectos da sociedade. Uma grande fronteira será transposta com o avanço das tecnologias em Nuvem e de Internet das Coisas (IoT) que trarão a tecnologia para perto do cotidiano das pessoas.
Por conta da pandemia, as pessoas permaneceram muito mais tempo em casa, o que exigiu, consequentemente, um uso maior de dados de internet nas residências.
Quais foram as estratégias adotadas pela NWI diante dessa nova realidade? Quais as oportunidades que surgiram com esse processo de digitalização forçada ocorrido durante a pandemia? Como a NWI vê o uso da tecnologia nos próximos anos, seja no trabalho, no setor da educação, e-commerce e afins?
A NWI já é um tradicional provedor de acesso à internet no Centro-Oeste. A pandemia acelerou projetos como o de Data Center, internet residencial e expansão da capilaridade de rede. O crescimento das demandas por videoconferência, educação à distância, trabalho remoto (home office), enfim, o “novo normal”, mostra uma tendência de consumo de tecnologia que irá se estabilizar, sem recuo, em um novo patamar, bem superior ao atual.
A NWI se planejou e investe hoje para aproveitar esse movimento de mercado com foco em Telecom e, principalmente, soluções em TI voltadas à colaboração e ao acesso à informação.
O investimento –seja estatal ou privado– em infraestrutura tecnológica já era uma necessidade antes da pandemia, uma vez que no Brasil ainda se trabalha muito com Par Metálico e a tecnologia ADSL. Como a NWI vê a infraestrutura tecnológica atual no país e o que é necessário para acelerar a cobertura e a qualidade?
A expansão da cobertura depende de investimento e retorno. As regiões mais atrativas receberão uma abordagem com foco na mudança de tecnologia, qualquer que seja, para acesso em fibra óptica (FTTH) com velocidades sempre crescentes.
Para as demais regiões, a distribuição de acesso deve passar pelos degraus naturais de acesso por satélite com distribuição local, ou soluções em rádio ponto-a-ponto, principalmente nos locais mais ermos ou na periferia de centros urbanos. O compartilhamento de infraestrutura entre operadoras também terá seu papel fundamental para assegurar a confiabilidade de rede e seu melhor aproveitamento. Na outra ponta, as cidades inteligentes, com investimentos de parcerias público-privadas ou com o movimento de implantação do 5G, trarão conectividade a áreas públicas para a implantação de soluções de IoT e wifi. Os próximos anos serão de grande inclusão digital que incentivarão a vinda de recursos externos e/ou privados.
Pensando no armazenamento em nuvem, qual você diria serem as vantagens deste tipo de armazenamento em relação ao tradicional?
Os grandes centros de armazenamento têm as vantagens do ganho de escala: quanto maior o Data Center, menor o custo por unidade armazenada e maior a confiabilidade da infraestrutura (energia, ar-condicionado, redundâncias, etc.) Outra grande vantagem é a disponibilidade de acesso por diversos meios (celular, computadores, TV, relógios, etc.) além da garantia do armazenamento e soluções de retenção e recuperação. Além disso, podemos contar com um investimento constante em segurança da informação. Todos esses temas são difíceis de implementar ou requerem investimentos que não justificam sua adoção nos meios tradicionais de armazenamento.
Apesar disso, como a LGPD exige que os dados de brasileiros estejam no Brasil, há um movimento de criação de nuvens locais para a repatriação de dados. Neste sentido, a NWI, além de prover conectividade à nuvem também observa esse movimento e se prepara para a recepção desses dados com nosso Data Center Tier III em Brasília.
É observada uma rápida evolução e inserção da tecnologia em diferentes campos do cotidiano das pessoas. Hoje, por exemplo, o que se vê são porteiros eletrônicos em condomínios residenciais, abandonando-se a portaria convencional, com alguém recepcionando ou fazendo a segurança. Na sua visão, de que forma a tecnologia de monitoramento pode tornar a vida das pessoas mais fácil?
Quais os próximos passos de inserção dessa tecnologia?
O avanço da tecnologia da informação se dá por dois grandes pilares, sua redução em tamanho e em custo de produção. Isso a torna cada vez mais portátil e acessível à grande massa. Tanto as pessoas, com equipamentos e sensores que se usam no corpo (wearables), como as coisas, com os sensores em utensílios do cotidiano (IoT) se proliferam rapidamente. Ficará cada vez mais fácil o médico acompanhar a rotina do paciente e coletar dados em tempo real, os supermercados perceberem os estoques dos clientes e já enviarem as compras do mês, a iluminação pública de adaptar ao trânsito de pedestres, os monitoramentos de clima avaliarem microrregiões, as plantações acertarem seus defensivos pelo imageamento de drones, a educação, o comércio, a prestação de serviços, as vendas serem individualizadas, aderentes às características personalíssimas de cada um. O investimento em tecnologia e a adoção dela pela quase totalidade das empresas e entidades, será o básico e quem não estiver investindo hoje já está atrasado.