Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, na última segunda-feira (28) houveram protestos contra o fechamento do comércio em Juiz de Fora (MG). Trabalhadores de Angra dos Reis (RJ), também fizeram protestos contra as restrições do turismo, bloqueando o acesso à cidade. Medidas restritivas para enfrentamento do coronavírus foram tomadas em ambas as localidades, no entanto trabalhadores e empresários temem uma piora da economia.
As medidas restritivas, tanto para fechamento do comércio como para o fechamento do turismo, ocorrem para evitar que haja o repique da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Medidas restritivas sofrem resistência dos trabalhadores
O auxílio emergencial está sendo encerrado e as medidas que restringem a circulação de pessoas, para que diminua o repique do coronavírus, estão sofrendo resistência por parte dos trabalhadores. Para o jornal Folha de S, Paulo, especialistas afirmaram que o fechamento do comércio junto com a falta de apoio político estão deixando a todos inseguros. Por parte dos empresários, a insegurança diz respeito à uma piora no mercado e no poder de compra do consumidor.
Para a Folha, Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE, afirmou que o fim do auxílio emergencial e a piora dos casos de Covid-19 estão marcando um momento de incertezas em relação ao ano de 2021, situação que provoca ações extremas, tais como as que estão sendo ocasionadas nos últimos dias.
Tobler acrescentou que a falta de socorro deixará muitas empresas sem fôlego para fechar novamente.
Cidades fazem protestos contra medidas restritivas
Os proprietários e trabalhadores do comércio e do turismo se reuniram em Angra dos Reis para protestar contra o decreto expedido pela prefeitura, que proíbe aos turistas de apenas um dia atuarem, além de reduzir o horário de funcionamento de restaurantes e bares.
As restrições para controlar o avanço do coronavírus irão até o dia 12 de janeiro de 2021.
Com o aumento de casos em Juiz de Fora, a prefeitura decidiu permitir o funcionamento somente do comércio essencial entre os dias 25 de dezembro e 7 de janeiro. Segundo Marcos Casarin, presidente da Câmara dos Diretores Lojistas (CDL), manter as restrições irá se configurar em um "caos total" se o poder público não forneça um oxigênio para as empresas que tendem a quebrar, caso seja mantido o fechamento e o isolamento.
Casarin ressaltou que várias empresas fizeram empréstimo para pagar funcionário e se fechar haverá uma quebradeira de lojistas.
Angra (RJ) e Juiz de Fora (MG) estão com quase 90% dos leitos ocupados
Em ambas as cidades, o número de casos de infectados pelo coronavírus (Covid-19) têm aumentado. Tanto em Juiz de Fora (MG) como em Angra dos Reis (RJ), os leitos já foram ocupados de 80% a 90%. Segundo as autoridades, sem o isolamento social, a tendência é de que seja provocada uma incapacidade hospitalar para atender casos graves e gravíssimos decorrentes do novo coronavírus.