Nesta segunda-feira (28), o presidente Bolsonaro (sem partido) afirmou que os laboratórios que estão criando a vacina contra a Covid-19 deveriam estar interessados nas vendas dos imunizantes para o Brasil. A fala do presidente é uma resposta do Governo, que tem sido alvo de críticas devido ao atraso na vacinação em massa contra o novo coronavírus, que já vitimou de forma fatal milhares de brasileiros.
Bolsonaro critica empresas por não ofertar as vacinas
Segundo Bolsonaro, o país tem cerca de 210 milhões de habitantes e, portanto, há um mercado consumidor enorme para a vacina de combate ao coronavírus (Covid-19).
O presidente ainda questionou durante uma conversa com apoiadores no Palácio do Alvorada, em Brasília, sobre a postura dos laboratórios que até o momento não apresentaram a documentação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Bolsonaro ressaltou aind que o vendedor deve ir atrás do comprador, e não o contrário.
O presidente Bolsonaro almeja receber no mínimo 150 milhões de doses imunizantes da AstraZeneca/Oxford, Sinovac/Butantan e a Pfizer da BioNtech, ainda no primeiro semestre de 2021. Dentre as citadas, apenas a Pfizer recebeu autorização de ser comercializada. Diversos países já iniciaram as campanhas.
Diversos países iniciaram vacinação contra a Covid-19
Várias nações já iniciaram as campanhas de vacinação contra a Covid-19, dentre os países estão Estados Unidos, Bélgica, Canadá, Reino Unido, além dos 27 países que compõem a União Europeia.
Na América Latina a campanha de vacinação já iniciou na Costa Rica, México e Chile. Brasil ainda não iniciará a vacinação de combate a doença devido a questões comerciais entre o governo e as empresas.
No entanto, Bolsonaro afirmou que "não dá bola" se ficar para trás na campanha de vacinação no país. Segundo ele, as campanhas iniciadas em outros países não são motivos suficientes para pressioná-lo.
As palavras do presidente ocorreram após ele estar sendo alvo de críticas pelo atraso.
Campanha de vacinação contra covi-19 no Brasil
No Brasil, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello informou que a campanha de combate ao coronavírus deve iniciar em fevereiro de 2021, mas a Anvisa divulgou em seu site que ainda não houve nenhum pedido de autorização emergencial por parte de nenhuma empresa que tenha desenvolvido a vacina contra a covid-19.
Nesta segunda (28), o presidente informou que já assinou uma medida provisória (MP) em que destina R$ 20 bilhões para a compra de vacinas para combate ao coronavírus (Covid-19) e a realização de campanhas de vacinação da população brasileira.
Bolsonaro tornou a criticar e a destacar que os laboratórios não se responsabilizam pelos efeitos colaterais que possivelmente podem ser provocados pelos imunizantes. O presidente afirmou ainda que os laboratórios não destacaram quais são os supostos efeitos colaterais.
Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente tem usado o argumento para fomentar possíveis dúvidas na população sobre a eficácia da vacina, bem como os danos (desconhecidos) que o imunizante pode causar.