O Governo de Jair Bolsonaro (sem partido) estuda duas medidas que podem garantir uma injeção de R$ 57 bilhões na economia brasileira. A primeira delas é a antecipação do pagamento do 13º de aposentados e pensionistas do INSS. A outra medida pretendida pelo governo é antecipar o pagamento do abono salarial para os trabalhadores que possuem carteira assinada e que ganham até dois salários mínimos. Em ambos os casos, não haverá impacto nas contas públicas, pois são pagamentos que já estavam previstos.
As ações do governo deverão ajudar a segurar os impactos negativos do recrudescimento da pandemia da Covid-19.
Com novas cepas do coronavírus se espalhando no país, novas medidas de controle e prevenção estão sendo aplicadas, mas provocando forte impacto nas atividades econômicas do Brasil.
13º salário e abono prometem ajudar a economia brasileira
A antecipação do abono salarial já saiu do papel, com repasses que podem chegar a R$ 7,33 bilhões. No entanto, o adiantamento do 13º dos beneficiários do INSS ainda depende de definição do calendário, além da disponibilidade de caixa do Tesouro Nacional. O pagamento será feito em duas parcelas. Estima-se que cada parcela do pagamento irá representar uma injeção de aproximadamente R$ 25 bilhões.
Atualmente, o Tesouro Nacional precisa administrar mais de R$ 700 bilhões em compromissos com investidores da dívida pública do Brasil nos primeiros quatro meses do ano.
A restrição fiscal, por sua vez, tem atrapalhado a retomada, defendida pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, do programa que permite às empresas suspender contratos e reduzir salários e jornadas de trabalhadores.
Em 2020, o governo entrou com um benefício equivalente a parte do seguro-desemprego ao qual o funcionário teria direito caso fosse demitido, mas neste ano a situação impõe um novo desafio para o governo, que já luta para tirar o auxílio emergencial do papel.