De acordo com estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) a ser criado na reforma tributária está prevista para ficar em torno de 28%. Caso esse valor seja confirmado, o tributo se tornaria um dos mais altos do mundo. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionou o cálculo e ressaltou a importância de examinar as premissas do estudo para "não se assustar".
Conforme apontado por Haddad, os cálculos apresentados pelo Ipea não consideram fatores cruciais, como o impacto da reforma tributária na redução da sonegação e evasão fiscal, além dos possíveis cortes nos gastos tributários.
Haddad ressaltou que há uma série de questões que devem ser ponderadas para determinar a alíquota adequada para o novo imposto.
Pesquisa do Ipea mostra que pode haver uma redução no crescimento econômico
De acordo apontado pela pesquisa do Ipea, a inclusão de exceções para determinados setores no texto da reforma tributária pode resultar em uma redução significativa no crescimento econômico esperado para o Brasil. O texto original da reforma previa um crescimento adicional de 5,75% na economia até 2036.
No entanto, com as mudanças promovidas pelo grupo de trabalho responsável pela reforma, esse impacto é reduzido para 2,39%.
A pesquisa mencionada não considera as alterações que foram aprovadas pela Câmara dos Deputados durante a votação da reforma tributária.
O texto aprovado na Câmara introduz mais exceções do que o inicialmente proposto pelo grupo de trabalho.
Haddad emite alerta
De acordo com a declaração de Haddad o "alerta" emitido pelo estudo do Ipea é valioso, pois enfatiza que quanto maior for o número de exceções estabelecidas, menor será a eficácia da reforma tributária.
Haddad ressalta a importância de equilibrar e reduzir as exceções, garantindo que elas sejam justificadas de forma sólida e que de fato contribuam positivamente para o bem-estar da sociedade como um todo.