De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28), a taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado em junho de 2023, o menor resultado para esse período desde 2014. Essa taxa representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que registrou 8,8% no período de janeiro a março.
Comparando com o segundo trimestre de 2022, quando a taxa de desemprego estava em 9,3%, o índice teve uma queda ainda mais significativa de 1,3 ponto percentual.
Perfil dos empregados
A pesquisa também apresentou informações sobre o perfil dos empregados no país. O contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhões de pessoas, representando um aumento de 2,4% em relação ao trimestre anterior, o que equivale a 303 mil pessoas a mais. Em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, essa quantidade permaneceu estável.
Em contrapartida, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor privado se manteve estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, e registrou um aumento de 2,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o que representa 991 mil pessoas a mais.
A taxa de informalidade permaneceu estável, alcançando 39,2% no segundo trimestre de 2023, enquanto no primeiro trimestre estava em 39%.
Comparado ao mesmo período do ano passado, houve uma redução na taxa de informalidade, que era de 40%.
Em relação aos trabalhadores domésticos, o número aumentou em 2,6% em comparação com o trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a quantidade de trabalhadores domésticos se manteve estável.
O setor público registrou crescimento de 3,8% no número de empregados em relação ao trimestre anterior, totalizando 12,2 milhões de pessoas empregadas.
Comparado ao mesmo trimestre de 2022, houve um aumento de 3,1%, o que corresponde a 365 mil pessoas a mais.
Os trabalhadores por conta própria, que somam 25,2 milhões de pessoas, se mantiveram estáveis na comparação com o trimestre anterior. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 491 mil pessoas nessa categoria.
Queda na subutilização e desalento
A taxa de subutilização também apresentou uma queda significativa, chegando a 17,8%. Em comparação com o trimestre anterior, houve uma redução de 1,0 ponto percentual, e em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a queda foi ainda maior, de 3,4 pontos percentuais. O total de pessoas subutilizadas chegou a 20,4 milhões, representando uma queda de 5,7% em relação ao trimestre anterior, ou seja, menos 1.224 pessoas nessa situação. Comparado ao mesmo trimestre do ano passado, esse índice caiu 17,7%, o que significa menos 4.385 pessoas nessa condição.
O contingente de pessoas desalentadas também diminuiu, totalizando 3,7 milhões. Comparado ao trimestre anterior, houve uma redução de 5,1%, o que equivale a uma queda de 199 mil pessoas nessa categoria.
Na comparação anual, a redução foi de 13,9%, representando uma diminuição de 593 mil pessoas. O percentual de desalentados na força de trabalho, que está em 3,3%, apresentou uma queda de 0,2 ponto percentual no trimestre e de 0,5 ponto percentual no ano.