Um dos países mais dominantes na Fórmula 1 nas últimas três décadas, com um total de 12 títulos nesse período, a Alemanha pode se ver sem nenhum representante na categoria máxima do automobilismo mundial no ano que vem, fato que não acontece desde 1981.

O risco de acontecer com os germânicos o mesmo que ocorreu com o Brasil, que não tem nenhum piloto do país desde a saída de Felipe Massa, se escancarou após Sebastian Vettel não renovar seu contrato com a Ferrari e, por enquanto, estar a pé para o ano que vem. A equipe que aparece com mais chances de receber o tetracampeão é a Renault.

Depois de Nico Hulkenberg ter deixado a própria Renault no fim de 2019, Vettel já era nesta temporada o único representante alemão no grid da categoria, que viu número de pilotos do país cair drasticamente nos últimos anos.

Em 2010, por exemplo, praticamente um terço do grid era composto por competidores da Alemanha. Além de Vettel, o país era representando pelo heptacampeão Michael Schumacher, que havia voltado de sua aposentadoria, Nico Rosberg –que mais tarde também viria a ser campeão–, Nico Hulkenberg, Nick Heidfeld, Adrian Sutil, e Timo Glock.

Ao não renovar seu contrato com a Ferrari, Sebastian Vettel iniciou a dança dos cockpits da Fórmula 1 para a próxima temporada. O time italiano não perdeu tempo e fechou a contratação do espanhol Carlos Sainz, que está na McLaren.

A equipe inglesa por sua vez, foi buscar na Renault o australiano Daniel Ricciardo.

Alonso pode voltar

Essa vaga que por enquanto está em aberto na Renault pode ser ocupada por um velho conhecido da escuderia francesa. Depois de deixar a categoria no final de 2018, Fernando Alonso pode estar ensaiando um retorno à Fórmula 1 justamente na equipe pela qual conquistou seus dois títulos.

Flávio Briatore, empresário do piloto, disse que o período em que Alonso esteve fora da categoria foram bons e serviram para ele se desintoxicar. De acordo com o italiano, seu pupilo está “mais sereno e pronto para voltar”.

Depois de estrear em 2001 correndo pela Minardi, Alonso chegou na Renault em 2002 para ser piloto de testes.

No ano seguinte assumiu uma das vagas de titular na equipe e se sagrou campeão em 2005 e 2006.

Em 2007 se mudou para a McLaren com a expectativa de conquistar o tricampeonato, mas bateu de frente com o então novato Lewis Hamilton e deixou o time após muitas brigas no final daquele mesmo ano, voltando para correr mais duas temporadas pela Renault. Em 2010 se juntou à Ferrari, tendo ficado no time vermelho até 2015.

Depois voltou para a McLaren, mas o fracasso da parceria entre a equipe inglesa e a Honda o deixou longe das vitórias, e, após muitas frustrações, decidiu sair da categoria a final da temporada de 2018.