De vez em quando, o país do futebol revela gratas e exitosas surpresas em outros esportes. Há pouco tempo, vimos revelações no skate e na ginástica.
Aliás, foi nessa última modalidade que o Brasil viu brilhar um novo prodígio: Júlia Soares, uma paranaense de 16 anos.
Considerada apenas uma atleta, Júlia atrai para si uma grande esperança de medalha para as Olimpíadas. A euforia tem uma causa: em tão tenra idade a ginasta ganhou a medalha de ouro no solo. Ela participa da Copa do Mundo de Ginástica, cuja etapa está sendo realizada na capital do Azerbaijão, Baku.
O feito aconteceu neste domingo (3), e Júlia Soares havia se classificado para a grande final com a melhor nota: 13.266. Só que sua atuação na decisão foi tão boa que conquistou a medalha de ouro, com uma pontuação ainda mais retumbante: 13.433.
Ao lado da brasileira, subiram ao pódio a húngara Dorina Boeczoego, com nota 13.166, e a uzbeque Dildora Aripova, que pontuou 12.866, respectivamente a prata e o bronze do solo.
Mais do que isso
Júlia se converte numa promessa real porque é a primeira vez que compete numa etapa de Copa do Mundo. Na mesma edição do Azerbaijão, ela disputou a trave; porém, não conseguiu chegar à final.
Outro dado que atrai olhares em torno da jovem ginasta está em outro momento vivido no Campeonato Pan-Americano de Ginástica, realizado no Rio de Janeiro.
Em 2021, quando tinha 15 anos, Júlia Soares homologou um novo elemento no código de pontuação da ginástica na trave: a entrada em vela (candle mount, na tradução do inglês) com uma meia pirueta no salto que leva ao aparelho.
Outras participações
O Brasil também foi representado por outra esportista, Carolyne Pedro, ganhadora da medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019.
Ela faturou na modalidade por equipes, junto com outros nomes como Flávia Saraiva e Jade Barbosa, entre outras companheiras.
A atleta de 21 anos competiu nas barras assimétricas e ficou em quinto lugar. O pódio foi dividido por uma francesa e duas holandesas.
Tanto Carolyne quanto Júlia ainda tentaram beliscar outra medalha na trave; no entanto, não conseguiram pontuação suficiente para disputar as finais.
Carol ficou um décimo sétimo lugar, uma posição acima de Júlia.
É bom lembrar que “feras” da ginástica artística como a brasileira Rebeca Andrade, a italiana Vanessa Ferrari e a americana Jade Carey não compareceram na etapa de Baku.
A treinadora Iryna Ilyashenko disse ao portal da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) que Júlia estava em sua primeira experiência com competições desse porte. Ao falar de Carolyne, ela disse que a atleta está voltando a competir depois de se submeter a uma cirurgia.