Restavam apenas poucos dias para o encerramento do mundial de natação paralímpica realizado na Ilha da Madeira, Portugal: o time do Brasil já sorria à toa não por ficar em primeiro lugar, mas por conseguir fazer a melhor campanha de todos os tempos dentro da modalidade.
Uma das principais responsáveis pelo feito, a nadadora Maria Carolina Santiago faturou a medalha de ouro nos 100 m livre disputado na classe S12, dedicada a deficientes visuais. Ela já tinha vencido essa prova outras quatro vezes em outras edições.
Arquibancada verde e amarela
O Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, capital da Ilha da Madeira, viu a equipe brasileira arrebanhar 53 medalhas – 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.
Jonas Feire, diretor do Comitê Paralímpico Brasileiro só tem a comemorar com o resultado final. Agradeceu o amparo e o incentivo recebidos das agremiações, dos treinadores e de outros atores que lidam com o esporte paralímpico. Entretanto, o trabalho prossegue, há que se trilhar mais e que o esforço e a série de vitórias dá um grau alto de confiança para todos.
No último dia de competição, o principal objetivo dos paratletas era coroar uma campanha muito vitoriosa e memorável, consagrada nos dias anteriores.
Mariana Gesteira venceu a prova dos 50 m livre da classe S9. A esta conquista, somam-se mais duas medalhas no currículo da esportista. Em entrevista, ela ressaltou o grande esforço despendido no campeonato, apesar do cansaço que sentia.
O outro glorioso responsável por contribuir à bela campanha paralímpica veio de Gabriel Bandeira na modalidade dos 100 m estilo borboleta – classe S14. Após a cerimônia de entrega dos prêmios, Gabriel disse que não é nada fácil disputar esse tipo de prova. Também destacou que a dificuldade é maior por ser marcada no último dia.
Ele foi sincero ao dizer que não foi o seu melhor tempo; foi aquém de suas expectativas. Apesar de tudo isso, estava bem feliz pelo primeiro lugar.
Ainda assim, o Brasil teve fôlego para conquistar mais medalhas no último dia da Ilha da Madeira: Lídia Cruz e Patrícia Santos faturaram prata e bronze respectivamente nos 200 metros livre – classe S4.
Larissa Rodrigues conseguiu mais um bronze nos 100 metros livre – classe S3 e Joaninha Neves ficou em terceiro lugar também nos 100 m livre, mas na classe S5.
Saldo bonito
Em termos de ranqueamento por países, o primeiro lugar ficou com a Itália, a qual totalizou 64 medalhas (27 ouros, 24 pratas e 13 bronzes). A delegação dos Estados Unidos ficou em segundo lugar com 40 medalhas conquistadas (24 ouros, 9 pratas e 7 bronzes).
Pelo critério numérico, o Brasil ficaria em segundo, mas a prioridade é centrada na quantidade de medalhas de ouro, o que coloca os norte-americanos à frente do time brasileiro.
A próxima edição do mundial de natação paralímpica está prevista para acontecer na cidade de Manchester, Inglaterra, em julho de 2023.