Sami Abu-Yusuf, clérigo da mesquita salafista (pertencente ao movimento ultraconservador fundamentalista do islamismo sunita), localizada em Colônia, na Alemanha, alegou que os crimes, violência e abusos sexuais cometidos por grupos e gangues de imigrantes contra mais de 500 mulheres na véspera de Ano Novo foram ocasionados pelas próprias vítimas. Segundo Yusuf, as vítimas foram as culpadas porque estavam usando perfume, e estavam “seminuas”.

Isso teria, segundo ele, “acrescentado combustível ao fogo”. O clérigo alegou ainda que, por causa da situação, “não seria de se surpreender que os homens quisessem atacá-las”. As declarações foram feitas em uma entrevista, concedida ao canal russo REN TV, e têm motivado uma forte reação da opinião pública.

Violência em massa

No dia 31 de dezembro de 2015, uma multidão de refugiados atacou mais de 500 mulheres alemãs, em torno da estação ferroviária e da catedral de Colônia. Declarações feitas pelas vítimas à polícia demonstraram cenas angustiantes, pois as mulheres relataram que eram apalpadas, e quando tentavam se abaixar para se defender e seus pertences acabavam caindo, eram roubadas.

O incidente causou alvoroço e revolta em Colônia, e a população resolveu agir protestando contra a violência e os crimes, e pedindo para que a chanceler alemã, Angela Merkel, mudasse a política de imigração.

Abuso contra mulheres em centros de refugiados

O jornal Welt am Sonntag publicou uma entrevista concedida por uma alemã, que trabalha em um dos centros para refugiados, em Hamburgo, na qual ela revelou que a situação, principalmente para as mulheres, está caótica.

As trabalhadoras têm sofrido abusos verbais constantes por parte dos refugiados. Segundo a entrevistada, que teve sua identidade mantida em sigilo por questões de segurança, uma de suas amigas foi, inclusive, ameaçada de morte, quando um árabe disse que ia decapitá-la.

A mulher também afirmou que, por causa destes problemas, a polícia tem sido chamada constantemente aos centros de refugiados, para que a situação não fuja ao controle.