O nome dela é Amanda McLaughlin, tem apenas 23 anos e há três anos e sofre com o distúrbio de excitação sexual persistente, também conhecido pela sigla em inglês PSAS (persistent sexual arousal syndrome). A síndrome faz com que Amanda tenha que pedir constantemente, a uma frequência praticamente diária, para que o noivo tenha relações sexuais com ela.
Apesar de muitos acharem que o rapaz é um homem de sorte, na verdade a situação se trata de um distúrbio que afeta toda a vida dela, impossibilitando, em um determinado momento da adolescência, que ela saísse de casa.
A sensação que ela sente é espontânea e persistente. A excitação não está ligada a desejo sexual, pois ela não sente prazer e se sente mal por precisar fazer aquilo, o que torna a situação um verdadeiro martírio.
Em entrevista, a portadora do distúrbio de excitação sexual persistente afirma que, às vezes, o noivo ouve seu pedido enquanto ela chora, devido ao sofrimento de ter a vontade biológica de praticar sexo, e não a vontade psicológica. Nos casos em que as mulheres sofrem do distúrbio, a relação sexual tende a ser frustrante para os parceiros, pois as mulheres tendem a sentir orgasmo em pouquíssimo tempo e quase sem nenhum esforço por parte deles.
Os sintomas da DEGP começaram aos 13 anos, relata Amanda, e desde então tem atrapalhado a sua vida, como se ela estivesse o tempo todo com a sensação do orgasmo, mas nunca o atingindo.
Isso fez com que ela, durante a adolescência, tivesse que praticar a masturbação muito além da média normal para meninas da sua idade.
Sua família, inicialmente, não acreditava que havia algo de errado, mas que ela era simplesmente uma depravada ou ninfomaníaca, segundo a mãe de Amanda, chamada Victoria. Hoje em dia, tanto a mãe quanto a família se mostram arrependidos por não terem acreditado na jovem.
O tratamento da doença de Amanda está sendo feito de uma nova maneira, sendo desenvolvido pela pesquisadora Priyanka Gupta, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O tratamento consiste na administração de um total de 30 medicamentos de diferentes tipos, para que assim o sofrimento da jovem possa ter, se não um fim, mas que seja amenizado.
Também é válido fazer a distinção entre essa síndrome e hipersexualidade, que quando ocorre em homens é chamada de “satiríase”, e em mulheres de “ninfomania”. Esse transtorno, do tipo sexual, afeta mais os pacientes do sexo masculino e tem todas as características de um vício, podendo causar diversos tipos de prejuízos aos portadores.
O tratamento propriamente dito é semelhante ao tratamento de paciente que possuem dependência de substâncias químicas. Apesar da estatística varia em torno de 5 a 6%, os pesquisadores estimam que na verdade atinge mais pessoas, pois o grande problema em distúrbios dessa natureza é o envolvimento por questões morais na sociedade, que os faz sentirem vergonha ou medo de assumir a doença e procurar um médico especializado.