Na última segunda-feira (28), o papa Francisco deu uma declaração polêmica sobre a Educação sexual nas escolas. Segundo ele, sexo é um dom de Deus e deve sim ser repassado às crianças em aulas escolares, desde que se escolha bem o tutor da matéria, para que não ensine aos jovens uma educação sexual com “colonização ideológica”. A declaração foi feita enquanto o pontífice retornava de uma viajem de cinco dias ao Panamá, onde participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2019.

"Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus.

Não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica", disse o pontífice.

Francisco aproveita e menciona alguns cuidados que devem ser tomados para que tais aulas façam parte do cotidiano escolar. Para ele, deve-se sempre escolher um bom professor e também fazer uma minuciosa seleção dos livros, já que ele mesmo diz ter visto diversos livros sujos. Para o pontífice, há coisas que ajudam, mas também há coisas que danificam os jovens, por isso se deve ter muito cuidado com tais materiais didáticos.

O papa ainda ressalta que os ensinamentos deviam ter inicio no ambiente familiar, algo que nem sempre é possível por haver em cada família situações de convívio diferentes.

Para ele, porém, a Escola suprimiria tudo isso, com uma educação de qualidade e clara.

Papa fala sobre o aborto

O argentino Jorge Mario Bergoglio também relatou sua opinião sobre o aborto, após ser questionado sobre uma declaração de misericórdia feita por ele a mulheres que sofrem com essa situação. Segundo ele, é preciso que a mulher esteja em um confessionário para ali ter consolo, por esse motivo, diz ele, ter dado a todos os padres o direito de absolver o aborto por misericórdia.

Francisco ainda ressalta que uma mulher que passa por essa situação precisa mais do que de perdão, ela precisa ser acompanhada, entendida e jamais atacada.

Jornada

Durante sua última viagem que teve duração de cinco dias, Francisco participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Panamá, onde pediu aos jovens que evitem rótulos, além de solicitar que bispos do centro-americano se mantenham perto do sofrimento das pessoas naquela região.

Após participar do evento, o Papa Francisco se despediu neste domingo (27), no aeroporto internacional de Tucumen, onde houve um ato oficial liderado por Juan Carlos Varela, presidente do Panamá, e sua esposa, Lorena Castillo. O avião do pontífice decolou às 18h26.

Durante sua viagem, Francisco fez diversos discursos a milhares de pessoas na região, junto a funcionários governamentais, bispos e diplomatas. O Papa também realizou discursos durante visitas aos centros de menores, e ao lar para internação de portadores do vírus HIV.