Em um atentado a uma mesquita no Nova Zelândia na última sexta-feira, dia 15, um homem chamado Abdul Aziz fez o inesperado e, ao invés de se esconder do assassino, correu ao seu encontro, pegando a primeira coisa que viu na sua frente, que foi uma máquina de cartão, e gritando para que o atirador corresse atrás dele para pegá-lo.
Abdul tem 48 anos de idade e está recebendo o título de herói por ter evitado que mais pessoas morressem no atentado à mesquita de Linwood, porém, ele diz que isso é algo que qualquer pessoa teria feito em seu lugar.
O atentado foi arquitetado e executado por Brenton Tarrant, de 28 anos, e teve duas etapas.
Na primeira, ele foi até a mesquita de Al Noor, onde fez 41 vítimas, e, logo depois, ele dirigiu aproximadamente 5 km até a mesquita de Linwood. Lá ele matou mais sete pessoas, e mais tarde uma pessoa morreu no hospital, logo a Polícia fez um anúncio de que uma 50º pessoa havia sido encontrada morta.
Um integrante da mesquita, Latef Alabi, disse que haveriam mais mortos naquele atentado se Abdul não tivesse tomado aquela providência.
Ele ainda comentou que parou a oração que estava fazendo quando ouviu uma voz do lado de fora da mesquita e logo olhou pela janela e pôde ver um homem trajado com uma roupa preta, que aparentava ser militar, e com um capacete, empunhando em suas mãos uma arma. Alabi pensou que fosse um policial, mas quando pôde ver os corpos no chão, percebeu que se tratava de um assassino.
Alabi gritou para a congregação, que tinha mais ou menos 80 pessoas, pedindo para que eles se abaixassem, porém, eles hesitaram, e logo ouviram um tiro, que quebrou uma janela e uma das oitenta pessoas caiu atingida pelo projétil. As pessoas entenderam que aquilo que Alabi disse era real.
O intitulado herói, Aziz, relatou que enquanto corria e gritava em outra direção, ele esperava que o executor ficasse distraído com aquilo, logo, o assassino correu para o carro para poder pegar outra arma.
Aziz jogou a máquina de cartão nele.
O herói, nesse momento, ouviu os seus filhos, um de 11 anos e outro de 5, gritando para que pudesse voltar para o interior da mesquita. Ele relatou que não sentiu medo daquilo que teve que enfrentar e acredita que Deus pensou que não fosse a hora certa para ele morrer, por isso saiu de lá com vida.
Massacre é transmitido ao vivo pela web
O atirador acoplou uma câmera em seu capacete e transmitiu toda a ação pelo Facebook. No vídeo, ele mostra todo o caminho percorrido até chegar à mesquita e dar início ao massacre.