Internado em estado grave desde abril passado, o filho de Marlen Ochoa-Lopez, de 19 anos, que morreu após duas mulheres lhe fazerem uma cesariana forçada na tentativa de lhe roubar o bebê, abriu os olhos pela primeira vez, quando estava nos braços do pai, que o visitou pela primeira vez. O caso aconteceu na cidade de Chicago, nos Estados Unidos.
A jovem de 19 anos, que estava grávida de nove meses, foi estrangulada e morta antes de ter seu filho roubado por meio de uma cesariana improvisada. Seu corpo foi jogado em uma caçamba de lixo, no fundo da casa onde ela foi morta, e apenas nesta semana o caso foi solucionado.
Clarissa Figueroa, de 46 anos, seu namorado, Piotr Bobak, de 40 anos, além de filha de Clarissa, Desiree Figueroa, de 24 anos, foram indiciados pela polícia. A jovem Marlen será sepultada no próximo sábado (25).
Vítima foi atraída até a casa dos criminosos
Segundo informações da Polícia, para conseguir atrair a vítima até sua residência, Clarissa e Desiree usaram um grupo no Facebook onde prometeram algumas doações, como roupas e um carrinho de bebê. Quando chegou ao endereço indicado, Marlen foi atacada e estrangulada com um fio.
Após o bebê ter sido retirado, Clarissa ligou para o serviço de emergência informando que ela havia acabado de dar à luz. Com dificuldades para respirar, o recém-nascido foi levado de ambulância ao Advocate Christ Medical Center.
Enquanto a família de Marlen buscava saber o paradeiro da jovem, Clarissa fez uma vaquinha virtual para arrecadar fundos e custear um suposto funeral do bebê, que estava em estado grave no hospital.
Durante a investigação do caso, a polícia descobriu a troca de mensagens entre Clarissa e Marlen e decidiu fazer um teste de DNA, que acabou confirmando que a vítima é a verdadeira mãe da criança.
O corpo de Marlen foi encontrado em uma caçamba de lixo na casa de Clarissa.
As autoridades, que apontaram o crime como sendo "um ato indescritível de violência", agora investigam as razões pela qual o hospital não comunicou o fato de uma mulher, que não aparentava ter dado à luz, pedir atendimento para um recém-nascido o qual alegava ser seu filho.
Um porta-voz do Advocate Christ Medical Center disse que o hospital está colaborando com as investigações, mas que em conformidade com os regulamentos estaduais e federais, e também por respeito à privacidade, está impedido de dar maiores informações.
A criança, um menino que recebeu o nome de Yadiel, não apresenta função cerebral, mas os familiares estão esperançosos por um milagre. "Estamos rezando por um milagre", disse um amigo da família. Além do recém-nascido, Marlen também já tinha outro filho, atualmente com três anos.
O pai agora busca ajuda para conseguir criar as duas crianças por meio de uma vaquinha virtual. O filho de Marlen permanece em estado grave, mas abriu os olhos pela primeira vez no colo do pai.