Nesta quinta-feira (9), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, divulgou que o país manterá o compromisso relacionado ao acordo nuclear do Irã. O porta-voz do Reino Unido fez um telefonema ao presidente iraniano, Hassan Rouhani, no qual reafirma a união.
Ainda de acordo com o premiê, continuar o acordo com o JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global) é o melhor a se fazer, pois visa evitar que haja proliferação nuclear, bem como tende a reduzir as tensões entre os países.
Donald Trump
Na última quarta-feira (8), o presidente dos Estados Unidos da América solicitou que Alemanha, França e Reino Unido abandonassem o acordo de 2015, realizado sob o governo de Barak Obama.
Trump sugere que um novo acordo deverá ser feito alinhando alguns pontos, em especial, não tolerando o que chamou de Campanha do terror disseminada por Soleimani, o qual acusou de cometer as piores atrocidades. No pacto consolidado em 2015, estão a Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia.
O acordo
Em julho de 2015, foi feito um acordo nuclear entre a República Islâmica e as grandes potências lideradas pelos EUA. O grupo foi chamado de P5 + 1, onde são os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha. Após o acerto, o pacto vigorou em outubro de 2015 e foi aplicado em janeiro de 2016. Esse fato provocou o levantamento das sanções dos países e da ONU relacionados ao programa nuclear gerando a liberação de bilhões de dólares dos bens iranianos que estavam congelados.
Contudo, em 2018, após assumir a presidência dos EUA, Donald Trump saiu de forma unilateral do acordo. Segundo Trump ao pacto deveria ser incluído a proibição de atuações do Irã nos conflitos regionais e limita-los ao armamento não-nuclear do país.
Em resposta, o governo iraniano tem quebrado algumas partes do acordo, onde em setembro de 2019 não se limitou as pesquisas e desenvolvimentos nucleares, bem como no estoque de urânio enriquecido conforme estabelecido no pacto.
De acordo com informações fornecidas pelo governo do Irã sua operação está sendo feita em 60 centrífugas do tipo IR-6, marcando mais uma violação a um dos itens do pacto de 2015.
Segundo especialistas da Associated Press, tais ações reduzem o prazo em um ano, tempo suficiente para que o Teerã construa uma arma nuclear, caso deseje.
Resposta dos EUA ao Irã
Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou em rede aberta nesta quarta-feira (8) que enquanto ele estiver na presidência o Irã jamais terá uma bomba atômica e que a gestão anterior fracassou com uma "política de suborno".