Segundo uma matéria divulgada pela BBC News Brasil nesta terça-feira (13), cientistas da Universidade de Cambridge tentam descobrir o que acabará com a humanidade, e como salvá-la. O planeta Terra já existe no sistema solar há mais de 45 milhões de séculos, e mesmo com tanto tempo de vida, o século atual é o primeiro em que a humanidade tem o futuro do planeta nas mãos, segundo o astrônomo britânico Martin Rees.

Martin citou em um livro lançado por ele em 2018 que tudo que for feito nesse século, vai ser sentido pelas próximas gerações por milhares de anos.

O astrônomo repete esse aviso há pelo menos duas décadas.

Na época em que Martin Rees começou a avisar a humanidade sobre tais riscos, as pessoas achavam interessante, mas muito improváveis, com cara de filme de ficção e não de uma possível realidade.

Ainda de acordo com o astrônomo, todos se preocupam com acidentes de avião, alimentos que podem causar câncer, doses baixas de radiação. Ele ainda disse na ocasião que tanto as pessoas quanto o governo ignoram os possíveis cenários catastróficos.

2020 traz palavras de Martin Rees à tona

Em uma palestra dada por Rees em 2014, ele disse que os piores perigos vêm dos próprios humanos, isso porque não seria apenas uma ameaça nuclear, mas em um mundo onde tudo é interligado uma pandemia poderia se espalhar em questão de dias, também os boatos e fake news, espalhados pela internet na velocidade da luz.

Um pequeno grupo de cientistas não precisou ver uma pandemia chegar para dar atenção aos alertas de Martin Rees. Um pequeno grupo do Centro de Estudos de Risco Existencial da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, começou a investigar possíveis perigos que poderiam colocar um fim na existência da raça humana e medidas para evitar.

Coronavírus pegou a todos de surpresa

A bióloga molecular Clarissa Rojas ingressou no grupo da Universidade de Cambridge pouco antes de a pandemia começar. Segundo ela, já houveram outras pandemias, mas o coronavírus pegou a todos despreparados. Ela ainda fez questionamentos, perguntou o que deu errado e quais as lições que podemos tirar disso para estarmos preparados para o futuro.

O trabalho de Clarissa na universidade é entender porque as pessoas não entram em alerta quando os avisos são ignorados quando baseados em dados científicos, para assim conseguir gerar políticas públicas que preparem as pessoas para as catástrofes futuras.

Risco catastrófico e risco existencial

De acordo com cientistas, o risco catastrófico é aquele que mataria apenas 10% da população mundial, causando danos equivalentes. Um exemplo disso foi a influenza de 1918, conhecida como a gripe espanhola, que matou entre 1% e 5% da população do planeta.

Já o risco existencial é aquele que pode acabar com toda a vida humana do planeta ou uma redução tão grande da população que possa encerrar o modo de vida atual dos seres humanos.

Os riscos para a extinção da raça humana segundo os cientistas são: biológicos, injustiça social, tecnológicos, ambientais e derivado da inteligência artificial.