Depois de dois anos na “secura” e aquele pigarro incomodando as gargantas, os aficionados por cerveja sorriem de orelha a orelha. Mal podem esperar pelo acontecimento do ano: a Oktoberfest está de volta em 2022 no local mais conhecido da celebração, a cidade alemã de Munique.

A confirmação do festival da “loira gelada” foi dada pelo prefeito da cidade, Dieter Reiter, na última sexta-feira, 29/04.

Na coletiva de imprensa, até ele deve estar ansioso, já que orientou a administração do evento a continuar “sem demora e sem restrições” na preparação e organização.

O calendário previsto para a realização da Oktoberfest em 2022 vai de 17 de setembro a 3 de outubro. Para os mais sedentos, ainda está longe. Entretanto, para quem esperou dois longos anos, até que dá para aguentar um pouco mais.

Possibilidade do 'não'

Reiter declarou que a festa pode não ocorrer, caso as autoridades governamentais e sanitárias voltem com as medidas restritivas de combate ao coronavírus. Isso certamente, deve gelar por dentro os amantes da bebida.

O prefeito de Munique adotou o tom de que todas as opções “aparecem no radar”, mas fez a ressalva de que espera “que essa situação não venha à tona no outono” (no Hemisfério Norte).

Se houver o cancelamento, a capital da Baviera deixa de receber 6 milhões de visitantes a cada ano – muitos chegam de outros países.

Assim, a imagem das grandes mesas comunitárias, lotadas de copos e tulipas de cerveja, pratos de salsicha e de joelho de porco, permanecerá na memória por mais um ano.

Simbolismo e sucesso

A mais tradicional festa da cerveja é marcada justamente na transição do verão para o outono na Alemanha. São quase dois séculos de comemoração e de alegria regadas com bandas de Música e gente vestida em trajes típicos, esbanjando simpatia e felicidade.

Não é a primeira vez que a Oktoberfest é cancelada: em outros dois momentos, o festival deixou de ser realizado. Entre 1854 e 1873, o país teve de passar por uma epidemia de cólera. O outro motivo foi a deflagração da Segunda Guerra Mundial.

Talvez o grande evento represente não só o congraçamento e a possibilidade de reunião de pessoas, mas uma entrada financeira adicional para Munique.

Os turistas e adoradores da cerveja deixam cerca de um bilhão de euros na cidade. Uma quantia polpuda principalmente para os municípios que viram seu fluxo de caixa despencar repentinamente por causa da pandemia.

Quem tiver a intenção de dar uma esticada até a Alemanha precisa saber que a situação sanitária requer atenção e cuidado: por dia, são registrados 100.000 novos casos de contaminação por Covid-19 e, tanto médicos quanto especialistas em saúde alertam sobre o risco de um novo surto epidêmico dentro do país.

Então, o jeito é se divertir com o bater das grandes canecas e degustar até o colarinho ao ritmo da dança e de muita descontração. Sem esquecer das medidas sanitárias, velhas conhecidas e companheiras do cotidiano: melhor optar por máscara e álcool em gel e evitar grandes concentrações de pessoas. Está garantida a diversão, desde que se preserve a própria vida e a vida de outros. Um brinde a ela e tim-tim!